sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O meu amor é

O meu amor é
É sincero e real
É Chuva e neve
É frio e calor
É verso e rima
É sim e não
É sol e lua
É céu e mar
É inverno e verão
É orvalho e lagrimas
É sonho e desejo
É raiva e perdão
É raio e vendaval
É lampejo e trovão
É liquido e solido
É odor e perfume
É outono e primavera
É amigo e irmão
É enchente e furacão
É verdade e ilusão
É caricia e beijo
É dia e noite
É sempre e nunca
É cama e chão
É pé e mão
É sussurro e grito
É pagina e rabisco
É guitarra e violão
É casebre e mansão
É querer e loucura
É ar e fogo
É agressão e ternura
É paixão e encanto
É magia e sedução
É flores e estrelas
É história e conto
É o velho e o novo
É o fim e o começo
O meu amor
É tudo que eu busco
Nos seus negros olhos
O meu amor sou eu
Desenhado em você.


Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Por que te quero?

Te quero por que você me faz sonhar
Me tira desse meu mundo real e cruel
Onde a minha luta contra o meu sofrer
É intenso e as dores me causam cansaço
Me leva com as suas caricias ao paraíso
Onde tudo em mim se transforma
Minhas lagrimas se transmutam em orvalho
Que levemente molha seu corpo
Quero sentir sobre mim os seus quentes lábios
Descobrindo meus segredos nas minhas curvas
E eu me entregando aos banhos negros
Dos seus macios e perfumados cabelos
Te quero por que vejo nos seus esperanças
Nos seus sorrisos a minha calma
No seu respirar meus desejos
No tocar dos seus dedos nos meus lábios
Esse sonho louco de te encontrar
Num beijo ter a certeza que não é um sonho
Te quero por que mesmo sofrendo ainda te amo.

Joabe Tavares Souza – Joabe o Poeta...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Metaforizando

Metáfora é viver
E depois sem querer
Do nada morrer
E depois de você esquecer
O passado se apostando de você
Mas mesmo assim vai tentando sobreviver
Metaforizando um ser
Neste jeito de viver.


Joabe Tavares de Souza - Joabe o poeta...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Que eu possa sonhar

Que venha a noite
Que eu possa dormir
Que o mar me domine
Que eu possa chorar
Que aquela estrela brilhe
Que eu a possa sentir
Que o sol o dia ilumine
Que eu possa nele te buscar
Que o pássaro me desperte
Que eu possa sua voz ouvir
Que na areia eu caminhe
Que eu nela possa te desenhar
Que as ondas em fúria engulam-me
Que eu possa como a fênix do nada surgir
Que a corrente de ar me guie
Que eu possa sentir na pele a brisa do mar
Que o dia quente me castigue
Que a sombra da solidão não venha me atrair
Que eu possa como uma criança sorrir
Que a magia da vida nunca me deixe
Que eu possa sempre ela renovar
Que o desejo de viver sempre me excite
Que eu possa as minhas dores resistir
Que as flores no meu jardim abrem-se
Que eu possa com os seus perfumes brincar
Que a sua essência com a minha se misture
Que a tarde venha e o sol se esconde
Que eu possa no horizonte o seu cair curtir
Que a felicidade sem demora me procure
Que eu possa na grama deita e ver o luar
Que o sono lentamente venha-me
Que neste instante nada possa me oprimir
Que eu posso simpremente com você sonhar
Que ninguém queira por razão alguma acordar-me.


Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Um Brinde ao Futuro

CLARINHA,
Um Brinde ao Futuro

Clarinha é claramente semelhante aos pais. A figura feminina impera. Rosas e balé, dinheiro e religião. Assim instruíram-lhe. Delicadeza e um sorriso literalmente cativo. Outras vítimas das mazelas das periferias a mesma sorte não tiveram. Acreditar na compensação da obediência e da submissão perpetua os mecanismos de opressão e de desigualdades. Certamente que há dicotomia entre o conhecimento e a fé. Quanto maior a procura pelo primeiro, maior a distância do último, que representa o caminho, a verdade e a vida.
Clarinha não foge à regra. Com quinze invernos em pleno verão – e com notável temor à benevolente ira da onisciência divinal –, entrega-se aos impulsos homoafetivos que a afligem desde a infância. Embora seus pais, do contrário lhe instruísse, ainda assim a pobre luxuriante menina, por alguma razão, não teme o abominável pecado da contradição da predestinação do homem para a mulher e da mulher para o homem. Também pudera! Seus pais, em si mesmos, oprimiram o desejo de desejar a mesma carne.
Clarinha enseja-se das curvas e rachas das descendentes, de barro, da costela de Adão. Envida-se delas sem prejulgá-las. Experimenta posições. Esvai-se de sensações pecaminosas. Goza-se. Se seus pais invertem valores comportamentais, por que, então, Clarinha privar-se-ia de seus anseios? Afinal, enganar-se adianta se a corrompida sociedade não fizer o mesmo? Ou, talvez, seja mais prático excomungar aqueles que não têm medo de serem menos infelizes...
Leonardo Nascimento

domingo, 12 de dezembro de 2010

Rima de amor

Queria de um jeito único amar
Sem me preocupar que a noite tenha fim
Queria apenas de amor sonhar
Sentir das estrelas os seus brilhos em mim
Queria com a lua a valsa dançar
Sem ter medo que o quente véu tenha fim.

Queria apenas ter a certeza
Que nesta mesma valsa teria você aqui
Se entregando por inteira
No ritimo perfeito das ondas que nos molha
Quebrando o gelo que fica
Da distancia entre nossos sonhos de amor.

Quero apenas que a noite venha e nunca termina
Para que eu durma
E te tenha ao menos em meus sonhos só minha
E eu assim possa
Te sentir feliz como sinto a brisa do finito mar
Na loucura de amar.

Quero conseguir rimar
O seu gostoso sorriso com o meu
E nunca deixar de te amar
Quero misturar meu sonho com o seu
E a vida com tudo rimar
Assim numa perfeita rima de amor.

Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

sábado, 11 de dezembro de 2010

AMOR DE MARESIA

Abri-me por inteiro para o mar
Lavei minha alma de toda dor
Deixei a onda simpremente banha-me
Levando para profundeza minha solidão
A lua se fez presente com seu véu
As estrelas cintilantes com seus brilhos
Entreguei-me a areia quente e fechei os olhos
E deixei minha mente criar asas
Buscando o meu desejo na sua imagem
Desenhada pelas estrelas no azul escuro celeste
Senti a força e o calor dos seus abraços
No envolver-me na areia me sentindo entregue
Aos seus delirantes e enlouquente carinhos
Tendo em mim os toques de suas suadas mãos
Arrebatando-me num orgasmo de sonhos
Tirando-me o mais profundo suspiro de amor
aahh!! Eu vivi você presente em mim
Nua como a brilhante lua no céu
Dominado todas as minhas emoções
E o mar ali presenteando todo louco
Como testemunho nupcial do amor
Amor a beira mar, amor de maresia.


Joabe Tavares Souza – Joabe o Poeta.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Estou chorando

Não, não escondo o meu amor
O meu jeito de te querer e te amar
De me sentir parte de você
De realizar em mim os seus sonhos
Muito menos de me render aos seus caprichos
Nas minhas delirantes loucuras
Não, não consigo mentir para mim mesmo
Pois te amar ainda que do meu jeito
Me faz feliz ou tristemente sofrer
Estou chorando sim por ama-te
Por fazer de ti a minha alegria de viver
A minha doce esperança de me sentir vivo
Por deixar em suas mãos a minha vida
E você o que me faz?
Ora me eleva aos céus com sua forma de amar
Demonstra todo seu desejo em loucuras
Dando sentido a essa minha sofrida existência
Ora como se eu fosse uma taça de cristal
Me joga ao chão restando apenas me refazer
Juntando a mim mesmo nos cacos espalhados
Com meus olhos transbordando em prantos
Por olhar em mim e não mais te ver
Por sentir que estou te perdendo
É por isso que estou chorando.

Joabe Tavares Souza – Joabe o Poeta.