segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Veja o que me faz o amor

Vejam só vocês
O que me faz o amor
E eu sinceramente declaro:
Não sei falar dele
Sem realmente senti-lo
E nem se eu quisesse
Dele falar não saberia
Não sem o sentir, isto jamais.

Mas ele sabe como
E consegue me mover
Ele assim me usa
Assim de repente puff!!
Parece que ele já sabe
Por onde e como me domar.

Ele chega assim do nada
Como quem está perdido
Pelas caladas dos meus sentidos
Na fragilidade da minha alma
Quando estou aqui sozinho
Com a minha imunidade baixa
E vai alojando e se revelando.

Primeiramente ela se instala aqui
Na minha atordoada cabeça
Comandando os meus pensamentos
Dando ordem para o meu pensar
Fazendo aquela cruel confusão
Martelando os meus neurônios
Mandando embora qualquer vestígio
Da filtrante e realista razão.

Ai a minha mente simplesmente o obedece
Suditamente como uma moribunda carrasca
Abrindo duas gavetas me levando a loucura
A da saudade fazendo-me sentir falta de alguém
A da lembrança que me faz reviver um lindo sonho
Ainda que exista entre nós o empecilho da distancia.

E exatamente neste exato momento
Entram em cena aqui dentro de mim
Os meus melhores e gostosos protagonistas
O desejo de está bem pertinho de alguém
(E, por favor, eu peço não me pergunte quem)
Entregando-me aos demorados beijos
No calor daqueles quentes afagos braços.

A imaginação que me permite
Mesmo sem te-la aqui presente
(E aqui me refiro a esse alguém
Um doce encanto (que só me faz bem)
Posso senti-la comprimida em mim
Me acalmando quando dela preciso
Quando tudo parece estar perdido.

E como sempre nada é tão perfeito assim
E o amor não tem um pingo de pena de mim
(Perdão, as lágrimas estão brincando em mim)
E vai soltando os vilões compondo o cenário
Causando em mim este maldito desespero
Nesta sensação estranha de está só somente só
Acompanhada daquela que aos poucos me causa dor.

A solidão é incrível veja a capacidade desta vilã:
Ela vem e provoca-me com as suas artimanhas
De me fazer sentir incapaz diante de mim mesmo
Plantando aqui dentro sua venenosa semente
Que vou uma-a-uma com minha força arrancando
Livrando-me desta dor que tanta me angustia
E rouba-me o sono nas minhas escuras noites.

Este germe insolente altamente destruidor
Que é a dúvida que também se torna cruel
Quando se alia a uma sensação de perda
Que me tira completamente meu sossego
E como se não bastasse abala minhas certezas
Que ainda me resta para simplesmente senti vivo
Esta loucura de continuar lutando pela felicidade.

É, eu e o amor vivemos em constantes conflitos
Numa relação de bem querer e mal entender
Eu aqui querendo carnalmente plenamente viver-lo
E ele por hora vai assim tentando consumir-me
Como se quisesse assim me dizer “sou eu em você’’
Para que eu possa só saber que nada sou sem ele
Viste agora a loucura que me faz o amor.

Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

3 comentários:

  1. Olá Joabe,
    Cara, em primeiro lugar quero lhe parabenizar pelo excelente!!! Blog e pelas excelentes poesias. Você é um Gênio que através da sua arte nos deixa vivo.

    E com muito prazer que estamos lhe seguindo...

    Parabéns mais uma vez pelo seu trabalho...

    Um grande abraço.

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  2. Belo texto, com umas sacadas bem bacanas. Seu texto é exatamente o oposto do último que postei em meu blog. Vc fala da importância do amor em sua vida, eu falo da importância dele em sentimentos outros, já que não quero me aprisionar mais e, muito menos, aprisionar outra pessoa.
    "Eu sou de ninguém / Eu sou de todo mundo / E todo mundo é meu também"
    MEU, doce palavra que por ser de posse acaba tornando-se amarga... kkk
    Um abraço!!!

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  3. Ola meu nome é Joabe também! Encontrei um xará! na verdade tava pesquisando o nosso nome Joabe no google e veio o blog! Claro que fiquei encatadissimo! Com a sua pessoa e as suas poesias!
    Muito obrigado!
    Grande Abraço!!
    ass
    Joabe Henrique

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