sábado, 28 de janeiro de 2012

Versificando


Não sou um grande compositor
E nem tenho bela voz para cantar
Mas na minha simplicidade de poeta
Tiro da minha alma alguns versos
Na tentiva de saber apenas rimar.

Falo das coisas que fere o coração
Que na boemia se faz bela canção
Amores perdidos e até da solidão
Derramando a magoa da desilusão
Embriagando-se em outra paixão.

Mas também leio as estrelas
Extraindo delas os belos versos
Que na mente conversam-se
E numa união assim perfeita
Nas linhas brancas vão fluindo.

É nas ruas frias que as dores intensificam-se
Umedecidas pelo sereno do sentir-se só
Se escondendo no colo das escuras madrugadas
E num melancólico dialogo com a lua
Já completamente embriagado choro em desabafo.

Mas quando não se tem mais lágrimas para falar
E nem na face as gritantes dores para se enxugar
Sobrando apenas a companhia do tímido silêncio
Sendo acalentado pela incrível magia da esperança
E mais um dia aquecido com o sol que logo surgirá.

E por fim, os poetas vão se inspirando
Transformando suas angústias em versos
Fazendo das suas lágrimas belos contos
E os seus sublimes amores versificando
Assim vão dormindo todos os sonos.

Agora, quanto aos grandes compositores
Fica o cargo de se entregar a arte de criar
E a melodiar belas histórias-poemas de amor
Contando sonhos não vividos e amores proibidos
Nas vozes dos nossos sensíveis e bravos cantores.




Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

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