terça-feira, 27 de agosto de 2013

educar - 2

(Versão - 2)

O que é este tal de Educar
No seu termo ensinar
No sentindo escolarizar?
É o compreender o mundo
Por meio dos conhecimentos:
Coletivo e individual
Cientifico e secular
Pessoal ou intelectual
Pensando e elaborando
Estimulando e produzindo
Esquematizando e correlacionando
Com os conflitos e as contradições
Do cotidiano através das experiências
Adquiridas e experimentadas
Questionadas e constatadas
No seu meio observando as ações
De si mesmo e a dos seus entorno
Ao logo do tempo
Sentindo e deduzindo
Aceitando e conduzindo
Analisando e recriando
Imaginando e argumentando
Reconhecendo as diversidades
Com interdisciplinaridade
Produzindo o desenvolvimento
Atento a subjetividade
Para conscientizar
A partir da cultura
Que seja capaz de resgnificar
Sem massificar individuo
Fazendo dele um ser sociável
Sem perder os seus aspectos
Humano e critico
E sua sensibilidade
Sendo um agente pensante
De sua própria história
E da sociedade na qual
Ele esteja inserido
Isto é o Educar.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


sábado, 24 de agosto de 2013

Saudade



Hoje me lembrei das coisas belas,
Que a vida tem me proporcionado.
Os lindos momentos os doces sorrisos,
Os emocionantes gritos as gostosas gargalhas.

Então cerrei os meus olhos,
E mentalizei um perfumado jardim.
Fui arrebatado por aquele colorido,
Levado a lembrar de você olhando pra mim.

Mas, neste momento fui chamado ao real,
Quando percebi estava sobre a minha mesa uma bela rosa.
Rosa que exala a fragrância da doçura da vida,
Senti a maciez das pétalas inconfundível.

Então logo fui acometido por uma angustia,
Uma espécie de tristeza e dor.
Talvez pela insolente distancia,
Ou pelo vazio que nos restou.

Mas a chama ainda arde,
A amizade sempre será viva.
E as flores estarão sempre lindas,
Como o esplendor do teu sorriso.

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


domingo, 18 de agosto de 2013

Inquietude



Acordo pela manhã,
Sentido uma sensação estranha.
Não me ative só a ela,
Mas algo insiste em me incomodar.

Deixando meus pensamentos,
Em desordem.
Logo tenho que destes tormentos,
Despertar-me.

Espreguiço-me na cama,
Como se o meu corpo gritasse.
Logo alguém me chama,
E num aspecto de sono levanto.

Na birra dos meus desejos,
Que faz o meu corpo tremer.
Abraço ao seu travesseiro,
Na insistência de te querer.

Vou ao meu quente banho.
Na esperança de tentar quebrar,
O gelo de me sentir sozinho,
Nas minhas madrugadas.

Ligo o chuveiro,
E a ele me entrego.
Simplesmente choro,
Na dor do meu silencio.

Banho acabado,
Choro sufocado.
Pensamento calado,
Corpo ainda molhado.

Envolvo-me na solidão de um roupão,
Que protege com ternura o meu nu.
No ritmo descompassado do coração,
Lembro-me de um amor que fugiu.

Não deixo que essa inquietude,
Se prolongue por mais tempo.
Meu corpo já aquecido e seco,
No calor do majestoso sol.

Já na mesa do desjejum,
Os divinos sabores da vida.
Degusto de cada desejo,
Nas doces lembranças.

Ainda naquela nostalgia,
Conduzido por algumas fantasias.
A saudade me angustia,
Mas mesmo assim sinto sua magia.

Num belo sorrir,
Transbordante de alegria.
Sinto em mim abrir,
As cores das loucuras.

E com o pensamento em ti,
Saiu para caminhar.
Percebo-me todo bobo aqui,
Desejando te amar.

Curto o dia,
Na felicidade do amanhã.
Sinto a tarde,
Com a seu calo me acompanhar.

Me preparo para sua chegada,
Mas ela chega bem de mansinho.
Que trás como companhia,
As estrelas e o luar esplêndido.

E assim ela chega,
Vestida num negro e brilhante decote.
E logo me fascina,
Na penumbra da minha noite inquietante.

E assim segue a madrugada fria,
Num cenário belo.
Sempre nesta minha triste espera,
Por quem eu quero.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


Resenha do livro: V de vagina: Sexo e romance da autora mozzigensse Adriana Rocha.

            A obra aqui resenhada denota com uma linguagem coloquial, sem sinônimos numa sensualidade nata, a necessidade de por parte do sexo feminino uma quebra de: tabus, preconceitos, estigmas e paradigmas. A autora Adriana Rocha, indiretamente nos chama atenção para pensamos, nos nossos desejos mais secretos e nas nossas liberdades, ou melhor dizendo, nas nossas “libertinagens secretas” coisa extremamente repudiada e condenada públicamente pela corrente ideológica, massificante, machistas, moralistas cristãs e hipócritas. Corrente essa, que usa a religião para fins próprios e não para ensinar a verdade de Deus. Pois os dessa corrente, lá nos silêncios dos motéis e apartamentos alugados, também fazem uso e com toda naturalidade dessas mesmas “libertinagens” e de forma cruel.
Rocha neste romance erótico para abordar um tema que é um tanto polemico quanto natural, belo, saboroso e prazeroso para os seres humanos, que é praticar sexo em suas mais variadas formas, cria então duas personagens interessantes. Lívia que no enredo erótico incorpora uma mulher madura, sensual, atraente, inteligente e bem resolvida sexualmente, emocionalmente e financeiramente, sem pretensão alguma de se prender a um envolvimento afetivo duradouro. Mas apenas curtir a sua liberdade e autonomia de ser livre para viver sem qualquer peso de consciência as suas mais loucas fantasias sexuais. É também uma escritora desprovida de qualquer medo ou pudor quando o assunto for sentir prazer, a mesma sai em busca de uma aventura que a inspirasse o seu mais novo trabalho fictício. Para melhor definir Lívia, seria: uma mulher com o sexo a flor da pele. Lívia aqui retrata a mulher que dar prazer em ter.
E, Rafael uma figura masculina bem trabalhada fisicamente, como também, um ser extremamente atento as oportunidade que lhe aparece. Rafael é um homem viril, fogoso, inteligente, romântico, aquele tipo que como bem definiu Rocha, um macho que deixa a sua presa de “boca” por ele. Nada que não o deixasse seu ego extremamente massageado, mas que o colocar numa posição de dominador com o controle da situação. E como todo experiente caçador que sabe o momento exato de prender ou melhor “pegar” a sua caça e saborear cada paladar que a presa pode lhe proporcionar deixando-a bem a vontade. Mas, Rafael sabe também ás artimanhas da sedução numa deixa de simplicidade e elegância. Para definir Rafael de uma forma mais simples seria: o homem na hora e no momento certo.  Rafael aqui retrata o tipo de homem que tira as mulheres do sério.
            Fazer sexo ou como uns dos termos usados por Rocha “foder” ou ainda numa linguagem mais civilizada fazer amor, sem ter o julgamento de uma sociedade extremamente, entre “aspas, fechada” numa racionalidade cristã é uma grande aventura. Pois os seus lideres religiosos usam essa mesma racionalidade para podar os seus adeptos e os demais de suas fantasias intimas, ditando as regras de um jogo que forje do seu domínio. Pois na intimidade de cada individuo ou de um casal seja eles namorados, noivos, casado e até mesmos de uma curtição como retrata o romance, diz respeito somente as partes envolvidas. Lembrando aqui que há de se ter consciências dos atos, sem o machucar ninguém no caso de uma relação conjugal fechada, entendendo as responsabilidades assumidas.
            Rocha ao longo do enredo erótico trabalha com muita maestria a masturbação (siririca para a mulher e punheta para o homem) e o como explorar a seu bel prazer ao máximo a fonte e as formas de GOZAR ou sentir PRAZER sem a penetração natural do pênis na vagina vice e versa (pinto ou pau, buceta ou xana). A mulher na e ao logo da história foi vista de forma submissa em todos os sentidos, tida como aquela que não tem nenhum direito de sentir prazer, tida apenas como um mero instrumento de procriação e perpetuação da raça humana. Mas nos últimos tempos, mais precisamente apartir do século dezenove com a revolução feminista e posteriormente com a revolução sexual, a mulher vem cada vez mais tomando consciência de si e do seu lugar de igual peso com o homem nessa sociedade machista e patriarcal preconceituosa.
            A mulher vem com muita determinação e coragem vem conquistando seu espaço no mundo e, cada vez mais ela vem deixando de ser num primeiro momento a caça, mais ao pegar sua presa ela ainda prefere ser dominada por ela a presa. Pois, não abre mão de sua independência e liberdade conquistada na relação. Já o homem, que tem virado caça, se aproveita da situação, se deixa ser dominado por conveniência, por outro lado essa inversão de papeis mostra que as transformações de mentalidade tem impulsionado uma nova era, uma sociedade mais aberta e os indivíduos demonstrando com mais liberdade a sua sensualidade aflorada na sensibilidade.
Um dos tabus que Rocha mostra e consegue trabalhar com coerência é a masturbação feminina. E por que não a mulher não se masturbar? Se ela tem o domínio do seu corpo, das suas sensações, das suas imaginações e emoções, se o grelo é dela. Assim como o pênis (ou pinto no coloquial) é do homem. Porem, respeitando a individualidade de cada um seja homem ou mulher, não se pode desconsiderar aqui a necessidade do encontro de dois corpos que também é natural e saudável, isso por que macho e fêmea se completam para além das fantasias. A masturbação é um dos insteis de proibição da lista negra do meio religioso, mas a orgia e ostentação não, muito menos a pedofelia. A masturbação é um ato extremamente seguro e higiênico como concorda Rocha.
Umas das marcas social ou estigma que isola o individuo na sociedade que a autora aborda é o fato de uma mulher solteira agir pelo impulso e transar com quantos ou quantas ela sentir vontade, pois seria preconceituoso desconsiderar no universo humano a homossexualidade como também a bissexualidade. Tal situação a desqualifica sua integridade moral sendo considerada como uma devassa. Consequentemente, essa mesma mulher que foge as regras e a moral cristã e machista é vista de forma preconceituosa, sendo entendida equivocadamente como uma profissional do sexo. Mas, para o homem que pega todas é sinônimo de ser macho com M, sendo encarado como normal para sociedade.
Uma quebra de paradigma que Rocha desdobre no romance fica no campo da cultura e da liberdade, a fragilidade feminina não a torna desmerecida de buscar os seus direitos e a sua liberdade, pelo contrario a mulher é muito mais forte do que se imagina. Tanto que a nova geração de mulher subverteu culturalmente a ideia que há algumas décadas atrás predominava a de que lugar de mulher era na frente do fogão, cuidado dos filhos, dos afazeres domésticos e o mais primordial servir o marido sexualmente sem sentir prazer. Outra ideia que aprisionava a mulher culturalmente ao homem numa relação desgastante e infeliz, era a de que o casamento teria que durar a vida toda. A mulher quebrou esse paradigma, conquistando como já foi dito a sua liberdade em todos os campos dos direitos. Direito a votar, a trabalhar fora do lar, a ter filhos independentes e o mais significante o direito de ter orgasmo.
            O romance erótico de Adriana Rocha galga num grito veemente de liberdade, um grito que por décadas fora sufocado pelo machismo imbecil das gerações de homens passadas mesmo com as exceções. O trabalho fictício é uma explosão de tesão e momentos safadinhos e excitantes que convida o leitor a interagir com os protagonistas, viajando com as mesmas loucuras fantasiadas e vividas por Lívia e Rafael. Neste sentido, recomendo aos maridos ou esposas que quer dar uma esquentada na sua relação conjugal. E as mulheres como também aos solteiros (as) que queira se tocar e dar ao seu parceiro (as) mais excitação que leia essa excitante e quente obra. Pois é do homem e da mulher, o amar e se sentir amada (o) o se envolver e se deixar se envolver, o se sentir, o ser e se sentir feliz, o se tocar e se sentir ser tocada (o) o dar e sentir prazer. É também do homem e da mulher o viver e viver intensamente.

Joabe Tavares de Souza.