terça-feira, 28 de julho de 2015

Meu mundo

Meu mundo
Sem teu olhar
É frio e vazio
Sem sentido.

Meu mundo
Sem sua voz
É cruel e opaco
Silencioso.

Meu mundo
Sem seu carrinho
É áspero sem cor
Sem perfume.

Meu mundo
Sem seus beijos
É sem sabor
Incolor.

Meu mundo
Sem seus braços
É inseguro
Sem calor.

Meu mundo
Sem teu aroma
E um jardim
Sem flores.

Meu mundo
Sem suas curvas
É retidão sem parada
Caminho sem direção.

Meu mundo
Sem seu corpo
É noite sem lua
Estrela sem mar.

Meu mundo
Sem sua cama
É céu sem horizonte
Escuridão completa.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


sábado, 25 de julho de 2015

Longe de ti

Longe de ti os sonhos são pó,
São sem tempo no nó.
Sem nada e razão,
Com o tudo dar voz.

Longe de ti o coração dar nó,
Faz redemoinho de solidão.
Vira furacão a saudade,
E eu me sinto tão só.

Longe de ti não passa o tempo,
Faz as coisas aqui dentro em nada.
Inerciam-se as horas,
Nas estrelas apagadas.

Longe de ti a lua chora,
Molha o caminho dos sonhos.
O sol escurece diante a falta que tu faz,
Tudo em mim fica sem sentido e só.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o poeta.


Quero um coração

Quero um coração que seja meu,
Que seja assim alegre e sincero.
Quero um coração bandido e louco,
Que seja meu único esconderijo.

Quero um coração amigo e amante,
Que me tira o folego em instante.
Quero um coração que seja meu alento,
Que não me seja indiferente e ausente.

Quero um coração que seja egoísta,
Que ele me aceite como teu.
Quero um coração manhoso,
Que seja meu cantinho aconchegante.

Quero um coração enamorado,
Que me roube o sossego.
Quero um coração que me faça bem,
Que seja um lugar bom sempre.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


Um amante retirante

Lá se vai sozinho,
Tropando as asas.
Como um passarinho.
Longe das amarras.

Perdido pelo caminho,
Sem nenhuma parada.
Pingos daquele sonho,
Em cada lágrima deixada.

Longe ele vai sumindo,
Ao romper da alvorada.
A linha vai traçando,
Da triste hora da partida.

Vai sumindo de mansinho,
Deixando chegar a noite.
Vem chegando devagarinho,
Acalentando o retirante.

Numa sede espontânea,
De vontade de amar.
Numa loucura simultânea,
Vai a se entregar.

No canto do sono,
Vai logo repousar.
Sem pensar em engano,
Segue pelo trilho a andar.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


quinta-feira, 16 de julho de 2015

Meus momentos

Meus momentos foram vividos,
Como eles me vieram.
As vezes rápido demais,
As vezes como uma caixinha de música.

Foram momentos que valeram apenas,
Todos os riscos corridos.
foram como beijos roubados,
Doces inesperados e sem explicações.

Fui a loucura no prazer de cada um deles,
No calor das fantasias.
Fui ao fundo do mar,
Mergulhando nas ternuras de todos os lugares.

Em cada momento vivi a felicidade que fora plena,
Ainda que em outros fossem apenas segundos.
Mas foram banhados com toda intensidades,
Mesmo que um dia o tempo insista em apaga-los.

Guardo com muito cuidado as lembranças de cada instante,
E com o carinho de quem esconde um tesouro.
Deixo pela a minha caminhada os rastros de cada aventura,
Sem qualquer vestígio de arrependimento ou medo.
 
Precisei as travessuras de todas as carícias,
Deixando escorrer a fonte de toda minha liberdade.
Vesti a carapuça de um profano sem pudor,
Explorei cada palavras ditas no seu duplo sentido.

Meus momentos foram saborosos,
Como as frutas tropicais.
Que exalam sabores,
Nas vitalidades das suas cores.

Assim todos os segundos em cada horas de loucuras,
Foram esquadrinhados pelo pouquíssimo tempo.
Assim também os escondo no meu tempo,
As verdades vividas nos fechar dos meus momentos.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.