segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Bate coração

Bate coração ingrato,
Machuca este meu peito.
Chora coração sufocado,
Revele todos os segredos.
Berra coração cansado,
Joga fora os fracassos.

Bate coração ligeiro,
Por favor, não fique parado.
Bate coração sem dó,
Mais não me deixe no sufoco.
Bate coração compassado,
Pois meu peito já está apertado.

Bate coração insistente,
Não ver se esta alma está doente.
Bate coração contagiante,
Não sente que eu estou carente.
Bate coração intrigante,
Não chamas quem está distante.

Bate coração e me arrebente,
Assim não ficarei descontente.
Bate coração de repente,
Nesta caixa já demente.
Bate meu coração errante,
Esqueça de quem já ausente


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


sábado, 29 de agosto de 2015

6o Volume Rock Nacional de "A" a "Z" anos 80

sábado, 22 de agosto de 2015

A magia da noite de luar

É um refuljo para as almas,
Que choram seus amores.
Os abraços inesperados,
Que acolhe para si as dores.

Um lugar onde tudo e todos,
Se encontram e se perdem.
Onde os beijos são desejos,
E as caricias se misturem.

Ah a noite de luar,
Noite onde o véu é o amar.
Ah a noite de amar,
Amar sob o calor do luar.

Onde nada no amar tem explicação,
Loucuras, vontades e suspiros.
Tudo é permitido e faz a sedução,
Nosso ar e nossos segredos.

Onde o Céu se abre plenamente,
Com as estrelas a nos guiar.
Pensamentos consomem a mente,
Cenas de amor a se imaginar.

Ah noite de luar,
Noite onde o véu é o amar.
Ah noite de amar,
Amar sob o calor do luar.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


sábado, 15 de agosto de 2015

Seu perfume

Coração está carente,
A solidão aqui do lado.
Quero seu perfume,
Sentir na boca seu beijo.

Meus desejos acendem,
No deslizar suas curvas.
Os dedos sem ver tremem,
Ao desenhar suas linhas.

A mente só te procura,
Na escuridão da noite.
Ferve minha loucura,
No seu corpo quente.

Faço deste momento,
Uma linda eternidade.
Neste nosso mundo,
Cheio de cumplicidade.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Refletindo a base do filme As Sessões.

Este material cenográfico trás em sua temporalidade o tema central pelo qual vem sendo debatido - de forma ainda muito ''tímida'' - na atualidade. O filme nos mostra a ousadia de um deficiente que com todos seus conflitos internos e externos, assim como as barreiras físicas e ideológicas. Corajosamente ele sai em busca de algo que lhe era desconhecido: a capacidade de amar e ser amado, a capacidade de fazer sexo no seu sentido mais profano e romântico.
A grande problemática dessa descoberta, situa-se no universo dos conceitos culturalmente constituído e concebido apartir de normas de padrão de normatização, tudo que não se enquadra dentro dela é anormal e desconsiderado é tido como incapaz de fazer parte da normalidade. E essa visão gera estigma – negativação do ser apartir da sua anormalidade – e a internalização deste estigma gera o preconceito – que é um prejulgamento daquilo que se ver no externo desconsiderando o interno – que tende a normalizar o anormal ou a eliminá-lo. Como nos normalizar?
Sexo e o sentir prazer, para além de ser vida e ser inerente ao ser vivo racional e irracional. É uma das formas de ser e existir no mundo, é também uma forma – e no nosso caso deficiente – de nos incluir neste mundo do qual pertencemos e fazemos parte. É de igual modo, gritarmos: também tenho direito de viver, sentir e ser sentido – amar e ser amado – por mais diferente que sejamos.
Mas para isso, temos que ter a ousadia que Mark O'Brien (John Hawkes) teve e, quebrarmos em nós mesmos as barreiras que nos impede de mostrarmos que somos gente que respiramos o ar do desejo. Temos que sair da superproteção da família e assumirmos nossas condições humana e gritar EU QUERO SEXO ou EU QUERO FAZER AMOR. Mas temos que ter consciência de que vamos enfrentar o desafio de fazer sermos visto e aceito como deficiente e que queremos ser amado como somos.
A família é o nosso obstáculo mais doloroso. Pois já nos cristalizaram nas suas psiques sob o preceito ideológico, todo um conceito de que temos que ser preservados para uma vida santa e incapaz de expressamos nossos desejos carnais por uma mulher ou homem, sendo deficiente ou normal. Então que quebramos estes tabus, que neste tempo propicio em que a liberdade de existir na sociedade assim como nossos irmãos de lutas os homossexuais, que também sofrem com preconceito.
Eu estou tendo essa ousadia de O’Briem de enfrentar tudo para me libertar, pois a ideia deste texto é para que nos ajudemos uns aos outros.Concordando ou não concordando respeitosamente com os pontos de vistas dos que os leem. Mas de nos dar a liberdade de gritarmos: SOU DEFICIENTE SIM – CADEIRANTE OU NÃO - MAS SABEMOS AMAR E FAZER SEXO.
Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


domingo, 9 de agosto de 2015

Pai

Um herói sem nome?
Um modelo sem história?
Não, pai é muito mais que isso.

Pai é um amigo nas horas difíceis,
O cara que está ali pronto a ajudar.
É também aquele cara esquecido,
Quando tudo está bem conosco.

Um chato que vive te chamando atenção?
Um fanfarão desengonçado na frente dos amigos?
Não, pai é aquele palhaço que está sempre como seu escudo.

Pai é aquele que não dorme quando sabe que você está enfermo.
O cara que faz de tudo para te ver sempre bem e feliz.
Mas também aquele velho inútil que você joga no asilo da vida.
Este mesmo velho quando jovem te deu todo o amor.

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Um dia difícil

Acordei com os pensamentos confusos,
Os desejos aladados.
Fiz as coisas numa lentitude estranhas,
Com os sonhos retidos.

Fui seguindo o caminho das coisas,
A mente em redemoinho.
Fiz todo o trajeto vazio e calado,
Como um estranho.

Ora eu me questionava do porque,
Das coisas e do tempo.
Ora eu me via preso e inerciado,
Nas próprias respostas.

O tempo corria ainda mais rápido,
Recantiando meu querer.
De forma clara parecia me diminuir,
Na roda dos acontecimentos.

Mas logo tomo conta de tudo,
Na compreensão.
Ai levanto deste pessimismo,
No que eu me vejo.

Refaço todos os meus pensar,
Afastando tudo.
Reorganizo os meus desejos,
No meu eu.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.