terça-feira, 28 de junho de 2016

O vento dos meus sonhos

Ainda que as velas dos meus anos se apaguem,
Com o soprar dos meus desalentos.
Agarrarei com toda essa destemida coragem,
No vento de todos os meus sonhos.

Ainda que a vida me surre sem escrúpulo,
Arrebatando-me as esperanças,
Buscarei refugio no vento dos meus sonhos,
Para que a loucura não me alcança.

Ainda que os meus desejos se petrifiquem,
Na ausência do sincero amor.
Farei em mim mesmo o meu colorido arem,
Para este vento me levar onde for.

Ainda que os meus versos se apaguem,
Nas linhas do majestoso tempo.
Ficaram os meus vestígios na folhagem,
Balançada pelo vento destes sonhos.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


terça-feira, 21 de junho de 2016

Quando tu chegares

Quando tu chegares,
Não me venha como sustos.
Abrace-me forte,
E absorva o que eu sinto.

Quando tu chegares,
De mim não se esconda.
Olhe-me incessante,
Num olhar que me prenda.

Quando tu chegares,
Ama-me apenas.
Sinta em sabores,
Os beijos que a chama.

Quando tu chegares,
Não, não se esquiva.
Apenas se entregue,
E não se arrependa.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


terça-feira, 14 de junho de 2016

Ontem eu fui, hoje eu sou.

Ontem, eu fui o que a vida me permitiu ser.
Fui, o que eu pude no tempo e no lugar que foi meu.
Fiz, o que as circunstancias me ampararam fazer.
Ontem, não me esquivei de nenhum sonho meu.

Hoje, eu sou o que quer o meu coração.
Sou, o que a minha existência me cobra.
Sou, o amante de um amor em solidão.
Hoje, eu deixo que a asa da alma se abra.

Ontem, foi tão pequeno para o meu tudo.
Quis tanto, mas fiz o que me coube.
Quis talvez, muitos mais das horas e segundos.
Ontem, o nada sobre mim soube.

Hoje, termina me guiando com leveza.
Sou, o que o meu pensamento resenha.
Sou, sem medo do que eu ainda seja.
Hoje, se finda como o meu eu desenha.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


terça-feira, 7 de junho de 2016

Quando se for

Quando se for,
Não se esqueça.
Apenas me deixe,
Que eu fico.

Quando ligar,
Não fale.
Apenas me esqueça,
Que eu sinto.

Quando me ver,
Não me toque.
Apenas ignore,
Deixe que eu chore.

Quando lembrar,
Não me procure.
Apenas se esconda,
Que eu sigo enfrente.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.