terça-feira, 25 de outubro de 2016

Lembranças

A cada lembrança que me molha,
Na lucidez de cada hora.
Trás saudade de outrora,
Na limpidez de todas as lágrimas.

Nesta dor que nunca passa,
Nada faz cessar.
Deixam marcas,
Aqui no tumultuoso pensar.

Onde as raivas logo se misturam,
As essas lágrimas.
E aqui não cessa,
Essa angustia que se transfigura.

Fortifica-se e queima a saudade,
Neste frio silencio.
Mas o acalento,
Com os segundos de serenidade.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe poeta.


terça-feira, 18 de outubro de 2016

A minha dor

A minha dor.
Essa coisa ruim,
Que só eu sinto.
Isso é fato.

Ela corrói por dentro,
A deixa-me estafado.
Ela vive a me incomodar,
Até tira-me o rumo.

Essa minha dor.
Ela é ingrata,
Não tem dó.
Se deixar, mata.

Mas eu vivo a esconder,
Deixo a mim mesmo o sofrer.
Escondido para ninguém ver,
Essa dor de amar sem ser.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


terça-feira, 11 de outubro de 2016

A lua lá longe

A tarde vai cedendo,
Com o sol em retirada.
Nas ruas o movimento,
De gente apressada.

As estrelas lentamente,
Logo vem brilhando.
E o sereno da noite,
Ao escuro anuviando.

A noite vem chegando,
Sempre acompanhada do luar.
As horas vão passando,
No relógio segundos a girar.

E a lua lá longe aparecendo,
A noite a acalentar.
Um nome vem se alojando,
Em meu pensar.

Nome de alguém que amo,
Que me deixa atordoado.
Nas madrugadas a chamo,
Com o coração acelerado.

Envolvo-me ao sono,
De um amor sonhado,
Que um dia seja dono,
Assim serei lembrado.

Por um amor que amei,
E nunca fui amado.
Aquele beijo que roubei,
No lábio tatuado.

E assim termino meu verso,
Neste exato instante.
Deixando palavras ao vento,
Com a lua lá longe.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Danadura

Quebrei o copo,
Na parede da hipocrisia.
Abrir um buraco,
Na cortina da ignorância.

Vi cair a mascara,
Do insolente egoísmo.
Arranquei a presa,
Do cético individualismo.

Joguei logo fora,
A cesta da arrogância.
Desfiz sem demora,
Da tal de inconstância.

Afirmei a sinceridade,
Nesta insistência.
Na honestidade,
Exercito a paciência.

Por falar a verdade,
Sou logo mal taxado.
E assim sem vaidade,
Vou sempre existindo.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.