segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Tenho dito poucas vezes que eu te amo

Tenho dito poucas vezes que eu te amo.
Eu sou assim, preciso ser provocado,
Nada para mim é mais prazeroso.
Há momento que me pego pensando:
Onde andarás, o que estará fazendo?

Depois de algum tempo,
Implorando carinho.
Tudo fica estranho,
O coração fica compactado.

Passamos a nos sentir rejeitados,
Ou na pior das hipóteses, ignorados.
Uma palavra expressando desejo,
Com doçura e sinceros sentimentos;
Acalenta a alma e aquieta o peito.
Sem a necessidade de ter medo.

Vou buscando nisso uma razão,
Entre as nossas inconstâncias e vazios.
Zoando com os meus próprios degredos,
Esquecendo-me naqueles vãos momentos.
Sem ter o perdão para os meus pecados.

Queres então me consumir como um arauto?
Um ser que só quer amar e se sentir amado?
És cruel com a minha existência, os seus atos.

Eu nessa minha loucura por amar-te, sou recantado.
Um dia, não muito longe, descobrirá o que eu sinto.

Tenho ainda a insana esperança em ser amado,
És a fonte do meu prazer, o que me mantem vivo.

Ainda que me negue este seu bandido amor,
Meus sonhos viverão nesta escuridão aceso.

Onde alimento por ti, o meu maior desejo...

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Dueto Poético

De partidas e pousos

Somos de pousos e idas breves
Somos de voos e alegorias de esperas
Somos de esquecidas primaveras,
Desenhadas em fontes, mares rios.
Somos feitos de esperas e passarinhos.
Cravamos o pé na terra,
Brindamos o calor dos ninhos e partimos,
Ao encontro dos sonhos redemoinhos tênues.
Somos de navios, asas e lemes.

Somos as vontades dos desejos,
As loucuras gostosas dos sonhos.
Somos os olhares cheios de ternuras,
O querer extrapolar os sinais.
Somos os momentos proibidos,
As vaidades em quentes fúrias.
Somos tudo o que queremos,
O nada que nos impede de sonhar.
Somos o vento de uma louca paixão,
A leveza das palavras em sussurros.

Temos de flores, as nossas peles tatuadas.
Ardemos em rios, apagamos fúrias de tempestades.
Nossos corpos hoje fartos e ainda tão carentes,
Pousam em nuvens, calam em chamas.
E acendem clareiras ao tempo,
Iluminando verdades.

Autores: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta em parceria com Lia Sena – A poetisa.


As imagens que compõe este cards de abertura é composta com uma imagem do domino publico – Google – um abraço no entardecer na vertical direita e, três belas imagem na coluna a esquerda do cards do fotografo Marcelo Sena filho da Poetisa Lia Sena...


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

O melhor de mim - 2

O melhor de mim?
Não está a venda.
Não se aluga.
Nem consigno.
Nem empresto.

O melhor de mim?
É para ser descoberto.
É para ser explorado.
É para ser cultivado.
É para ser conquistado.

O melhor de mim?
Não é negociado.
Não é barganhado.
Não é obscurecido.
Não é manipulado.

O melhor de mim?
Sou eu em mim mesmo.
É o meu amor doado.
São os meus sinceros atos.
É o meu melhor poema.


Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Dueto poético

Um verbo

Queria uma palavra,
Para um rabisco meu.
Uma que consiga,
Descobrir segredo teu.

Mas palavra, assim tão rara.
É difícil de escrever.
Uma assim, que saiba.
O que há em ti e ainda não sei.

Talvez no teu nome,
Eu encontre-a.
Numa letra que inicie,
Que diga-a.

Ou simplesmente cale.
Fale mais alto,
O aconchego de um abraço.
Ou a tua mão na minha.

Não peça-me,
Dói-me tal pedido.
Pois sinto-te,
Aqui num arrepio.

Que a palavra então consagre,
O que em nós já está explícito?
Ama-me e então descubra,
Corpo e alma a ti confio.

Tu descobriste em verdade,
A ternura que apaga essa dor.
Tu agora no nu desvendaste,
O verbo da minha vaidade “amor!”.


Autores: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta em parceria com Lia Sena – A poetisa.