segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

A justiça

A justiça perdeu seu brilho,
Derrubou a soberania Brasileira.
Fez o papel do carrasco,
Rasgando a sua função ordeira.

A justiça chicoteia a democracia,
Perdendo o seu vil espaço.
Se a sentou a mesa da hipocrisia,
Bebeu da safra do engano.

A justiça destruiu a sua honra de ser imparcial,
Libertando bandido e condenando inocente.
Virou escola de samba em plena euforia e tal,
Agora os meus direitos rasgados neste instante.

A justiça no Brasil agora acabou,
Vendeu-se a troco de banana.
Um pé de chinelo Deus tornou,
Agora os bandidos ganha grana.

A justiça se compactuou com ignorância,
Perdeu a virtude da soberana razão.
Vestiu a imaginaria toga da arrogância,
E fez jus, ao colunho de ladrão.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Lá na roça

Lá no pé daquela serra, onde cisca o sabiá.
Na casca daquela arvore, gravei um nome ao cantar.
Lá no pico daquele morro, onde nasce o uruá.
Gritarei este nome, que eu um dia ainda hei de amar.

Lá no fim daquele vale, vive um poeta a versar.
Na sombra de uma figueira, escreve o seu conto.
Lá a beira daquele poço, o poeta vive a sonhar.
Com a figura da sua amada, descreve seu encanto.

Lá na barreira daquele riacho, o João de bairro pega barrinho.
Para encima daquele mourão, contra o vento fazer seu ninho.
Lá também banha a cutia, fazendo festa com os filhotinhos.
Sempre alerta a pintada, que chega sorrateira de mansinho.

Lá naquele remanso, aonde vi curió canteiro a beliscar.
Vi uma bela moça a lavar, a barra da saia a cair.
Lá naquele barrado fechado, vi o carijó a cocoricar.
Vi o moço avessado, querendo com a moça bulir.

Lá naquela sombra do jacarandá, onde descansa o matuto.
Vi a moça feliz, cantarolando a assoviar o seu amor secreto.
Lá naquele pomar, onde as frutas são maduras e fartas.
Vi o cabroco uma maçã pegar, para a sua amada desfrutar.

Lá naquele ranço de sapé, onde dorme e sonha o caipira.
Vi no céu de noitinha, os vagalumes brincar de serem estrelas.
Lá na roça na manhãzinha, o Sol vem bancando o arco-íris.
Vi ali a vida acontecer, e as meninadas vivendo com alegria.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Eu gosto - 2

Gosto de ver-te toda nua,
De despir sua carência...
Gosto de saborear teu prazer,
De desvendar sua inocência...

Gosto de penetrar sua loucura,
De me rebelar na sua timidez e emoções...
Gosto de viajar nas suas vis imaginações,
De embriaga-me na sua caricia...

Gosto de me lambuzar no teu desejo,
De me sentir teu nos seus beijos...
Gosto de me esconder nas suas curvas,
De me achar no laço dos seus braços...

Eu gosto de me embrenhar no seu cheiro,
De te amar como louco até o final...
Gosto de morrer no seu delirante gozo,
De me acaba num jeito animal...

E por fim, eu gosto de me ver no seu colo,
Nas levezas dos seus dedos, no meu corpo...
Eu gosto de me sentir com você o Apolo,
Deus Grego dono da sua odisseia o olimpo...


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

O tempo

Pode ser curto demais,
Se não for bem vivido.
Pode ser muito longo,
Se for vivido no ócio.

O tempo pode ser bom,
Se for favorável a nós.
Mas poder muito ruim,
Se for visto como corrente.

Ele pode virar tudo,
De ponta cabeça.
Ele pode por tudo,
No seu lugar.

O tempo ele pode,
Alongar um final.
Ele pode também,
Encurtar um inicio.

O tempo é cruel,
Nas dores da vida.
Mas é um alivio,
No descanso merecido.

O amor depende de tempo,
No planejar cotidiano.
Nos sonhos ele é crucial,
Para manter vivas as esperanças.

O tempo ele machuca,
Quando estamos feridos.
Mas ele também cura,
Quando queremos esquecer.

O tempo a vida esquadrinha,
Nas horas minutos e segundos.
Nas lutas, raivas e decepções,
O tempo lentamente nos envelhece.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Feliz 2018

Que este ano que começa hoje.
Nos façam refletirmos sobre,
Os erros e acertos do ano que se finda.
Dos erros tiramos os aprendizados,
Para este que se inicia.
Dos acertos extraímos as certezas,
Que alimentará as novas esperanças.

Que neste ano nós saibamos,
Repensar nossas escolhas erradas.
Observando sempre as novas possibilidades,
Não para o nosso ego, mas para o bem comum.
Que as nossas atitudes não extrapole,
Os limites dos direitos de ser do nosso próximo.
Mas que elas sejam o elo de aproximação entre todos,
Sem cor, sem raça, sem segregação e sem exclusão.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.