segunda-feira, 26 de março de 2018

A solidão insiste


Hoje eu durmo triste,
Calado neste meu silencio.
Hoje a solidão insiste,
Aperta o peito e faz silencio.

Hoje a saudade de ti,
Arrebata-me nessa canção.
Hoje desejo de ti,
Queima no peito o coração.

Hoje a Minh ‘alma chora,
A falta que me faz o seu amor.
Hoje o meu corpo implora,
Sua caricia sem qualquer pudor.

Hoje a noite me abraça,
Como quem acolhe um perdido.
Hoje o Céu está sem graça,
E a sua falta me faz diminuído.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 19 de março de 2018

Quantos mais tiros se darão


Quantos mais tiros se darão,
Para se ver o caos que está na nação?

Quantos mais tiros se darão,
Para que o poder volte para nossas mãos?

Quantos mais tiros se darão,
Para darmos um basta na praga da corrupção?

Quantos mais tiros se darão,
Para fazermos valer a democracia em ação?

Quantos mais tiros se darão,
será preciso sujar outra vez a bandeira da nossa nação?

Quantos mais tiros se darão,
Para acabar de vez com essa imbecil segregação?

Quantos mais tiros se darão,
Será preciso para tentar nos calar e nos tirar de vez a razão?

Quantos mais tiros se darão,
Será preciso para acabar com a nossa gente e dominar nosso chão?

Quantos mais tiros se darão e quantos mais matarão?

Quantos mais tiros se darão?

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 12 de março de 2018

Bate coração


Bate coração ingrato,
Machuca este meu peito.
Chora coração sufocado,
Revele todos os segredos.
Berra coração cansado,
Joga fora os fracassos.

Bate coração ligeiro,
Por favor, não fique parado.
Bate coração sem dó,
Mais não me deixe no sufoco.
Bate coração compassado,
Pois meu peito já está apertado.

Bate coração insistente,
Não ver se esta alma está doente.
Bate coração contagiante,
Não sente que eu estou carente.
Bate coração intrigante,
Não chamas quem está distante.

Bate coração e me arrebente,
Assim não ficarei descontente.
Bate coração de repente,
Nesta caixa já demente.
Bate meu coração errante,
Esqueça de quem já ausente

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.



segunda-feira, 5 de março de 2018

O golpe do amor


Bebi do cálice do engano,
Com o coração vermelho de dor,
Num sentir puro e profano,
Sem raiva e sem o negro rancor.

Senti neste peito atino,
O duro golpe do amor.
Despir-me no desatino,
Nas asas do desamor.

Fiz no encanto um aceno,
Ao belo e livre condor.
Que pairasse no ar em plano.

Ai vi a vida no sonho seno,
Apagando lento a dor.
Da paixão de um pequeno.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.