MEUS TEXTOS ACADEMICOS

RESENHA DO LIVRO 1808, de Laurentino Gomes
Joabe Tavares de Souza

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GOMES, Laurentino. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2007.

Laurentino Gomes é jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com pós-graduação em Administração pela Universidade de São Paulo (USP), além de outros cursos. Trabalhou como repórter e editor para alguns dos principais veículos de comunicação do Brasil, incluindo o jornal O Estado de São Paulo e a revista Veja. Publicou os livros 1808 – o qual resenharei – e 1822, que retrata o Brasil Imperial da Proclamação da Independência a Proclamação da República. A presente obra – 1808 – ilustra, a modo do autor, o período que marca a fuga da família real portuguesa para o Brasil. O autor organizou sua obra em 29 capítulos, seguindo uma ordem predominantemente cronológica dos acontecimentos, iniciando-se nA Fuga da família real portuguesa [GOMES, 2007, p. 29] e finalizando-se nO Segredo de Joaquina Santos Marrocos [op. cit., p. 346].
No dia 29 de novembro de 1807, por pressão do cerco de Napoleão e por estratégia, a Coroa portuguesa e sua corte empreendiam – de modo a pegar o povo português de surpresa – a sua transferência para uma de suas colônias – a maior de todas elas: o Brasil. No século XIX, com a ameaça napoleônica, os reis europeus costumavam ser perseguidos, destituídos, aprisionados, exilados, deportados ou mesmo executados em praça pública [op. cit., p. 38], o que, na maioria da vezes, provocava um quadro de loucuras semelhantes aos da esquizofrenia e da psicose maníaco-depressiva [op. cit, p. 37]. Além disso, havia o fator religioso, que contribuía, ainda mais, para o desenvolvimento desse quadro de loucuras. Mediante a isso, Dom João, influenciado pelo Conselho de ministros, principalmente pelo britânico Lord Canning (o qual forneceu, além do apoio político-financeiro, a disponibilização das frotas marinhas – elaborando O Plano de fuga [op. cit., p. 45]). Embora nesse período houvessem conquistas nas nações européias, em Portugal iniciava-se um quadro de decadência. A princípio, os fatores demográfico e econômico não eram favoráveis; em decorrência das limitações geográficas e, consequentemente, pela pouca população, Portugal precisava de mais mão de obra para produzir riquezas, e devido à sua limitação territorial não era mais capaz de manter controle sobre suas muitas colônias. Outro motivo que levou Portugal a essa decadência foi o fator político e religioso. Portugal, a essa época, talvez fosse, das nações européias, a mais católica, a mais conservadora e a mais avessa às ideias libertárias que produziam revoluções e transformações em outros países [op. cit., p. 58] e, por outro lado, politicamente, era dependente da Inglaterra, que possuía interesse comercial com Portugal e suas colônias. Daí o apoio incondicional – ou quase – à partida da família real portuguesa e sua corte para a colônia brasileira. Tal fato priorizou uma determinada ordem na navegação rumo às Américas, uma vez que a marinha inglesa organizou a família real portuguesa da seguinte forma:
Às 7 horas da manhã, a nau Príncipe Real inflou as velas e começou a deslizar em direção ao Atlântico. Levava a bordo o príncipe regente, Dom João, sua mãe, a rainha louca Dona Maria I, e os dois herdeiros do trono, os príncipes Dom Pedro e Dom Miguel. O restante da família real estava distribuído em outros três navios. O Alfonso de Albuquerque transportava a princesa Carlota Joaquina, mulher do príncipe regente, e quatro das suas seis filhas. As duas filhas do meio – Maria Francisca e Isabel Maria – viajavam no Rainha de Portugal. A tia e a cunhada de Dom João seguiam no Príncipe do Brasil. Mais quatro dezenas de barcos seguiam atrás da esquadra real.
[op. cit., p. 67-68]
Embora o plano de fuga para o Brasil fosse antigo, a viagem foi decidida às pressas e executada de forma improvisada [op. cit., p. 69]. Além disso, a fúria da natureza atrapalhou bastante a viagem, que não foi fácil. Muitas dificuldades surgiram em auto-mar. As doenças acometiam a população. Mesmo assim, o sucesso foi inevitável. No plano de viagem havia o “ponto de reparo”. Esse ponto era a ilha de Cabo-Verde, no qual as embarcações danificadas atracariam; após o retorno, deveriam seguir viagem rumo ao Rio de Janeiro, mas aportaram em Salvador, na Bahia. Depois de finalmente chegar ao Rio, houve a necessidade das províncias fundir-se numa real unidade política [op. cit., p. 121], pois
[...] o Brasil era um amontoado de regiões mais ou menos autônomas, sem comércio ou qualquer outra forma de relacionamento, que tinham como pontos de referência apenas o idioma português e a Coroa portuguesa, sediada em Lisboa, do outro lado do Oceano Atlântico. Cada capitania tinha o seu governante, sua pequena milícia e seu pequeno tesouro; a comunicação entre elas era precária, sendo que geralmente uma ignorava a existência da outra.
[op. cit, p. 120]
Além disso, quando a família real portuguesa e sua corte chegaram, o Brasil não passava de um imenso território virgem, escassamente povoado [op. cit., p. 122]. Além da ignorância e o isolamento serem resultados de uma política deliberada do governo português, que tinha como objetivo manter o Brasil [...] longe dos olhos e da cobiça dos estrangeiros [op. cit., 125], o déficit crescia sem parar, a ponto de provocar um buraco no orçamento [que] tinha aumentado mais de vinte vezes no ano de 1821 [op. cit., p. 190]. Com a assinatura da carta régia de abertura dos portos [op. cit., p. 203], houve um acordo comercial entre o Brasil e a Inglaterra, que culminou na fundação da Sociedade dos Negociantes Ingleses que Traficam para o Brasil [op. cit., p. 204]. Graças às novas técnicas de produção desenvolvidas pela Revolução Industrial e ao bloqueio continental, a Inglaterra – considerada o maior império que a humanidade tinha conhecido até o momento –, despachava [seus produtos] para o Brasil e outros países da América do Sul, onde desembarcavam por uma pechincha [op. cit., p. 204-205]. Dom João ambicionava mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado império americano de Portugal [op. cit., p. 215]. Para tanto, foi necessário que tomasse algumas medidas, tais como a abertura dos portos e a liberdade de comércio e indústria manufatureira no Brasil [op. cit.]. Essa combinação caracterizou o fim do sistema colonial [...] de três séculos de monopólio português que se integrava ao sistema internacional de produção e comércio como uma nação autônoma [op. cit.]. Houve, também, a criação de
[...] uma escola superior de Medicina, outra de técnicas agrícolas, um laboratório de estudos e análises químicas e a Academia Real Militar [...]. Estabeleceu [-se] ainda o Supremo Conselho Militar e de Justiça, a Intendência Geral de Polícia da Corte [...], o Erário Régio, o Conselho de Fazenda e o Corpo da Guarda Real [...], a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o Jardim Botânico e o Real Teatro de São João [além da], Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal publicado em território nacional.
[op. cit.]
Dom João também dedicou-se aos “empreendimentos civilizatórios” [de modo a] promover as artes, a cultura, e tentar infundir algum traço de refinamento e bom gosto nos hábitos atrasados da colônia [op. cit., p. 219]. Mas, apesar de todos os feitos de Dom João, transformar o Brasil seria uma tarefa muito mais árdua do que se poderia imaginar observando as lojas e a pompa das famílias nas ruas da nova sede da corte portuguesa [op. cit., p. 227]. Com a abertura dos portos e com a liberdade de comércio os estrangeiros descobriram o Brasil, ainda que com três séculos de atraso [op. cit., p. 259]. Isso possibilitou um vasto registro sobre o Brasil, que rendeu diversas obras, de grande repercussão, acerca do último grande pedaço habitado do planeta ainda inexplorado pelos europeus que não fossem portugueses [op. cit., p. 260].
Um fator de suma importância – e de grande preocupação – na gestão governamental de Portugal sobre o Brasil foi o processo dA Escravidão negreira [op. cit., p. 238]. O desembarque, a compra e a venda de escravos faziam parte da rotina da colônia brasileira havia quase três séculos [op. cit., p. 240]. O negro – tratado como mercadoria e tido como uma espécie de animal de carga – caracterizava-se como um negócio gigantesco, que movimentava centenas de navios e milhares de pessoas dos dois lados do Atlântico [op. cit., p. 242]. O tráfico negreiro
[...] envolvia grandes riscos [...]. A taxa de mortalidade no percurso até o Brasil era altíssima [...]. Na África, cerca de 40% dos negros escravizados morriam no percurso entre as zonas de captura e o litoral. Outros 15% morreriam na travessia do Atlântico, devido às péssimas condições sanitárias nos porões dos navios negreiros.
[op. cit., p. 243]
Pelo bem – da sociedade branca – a alforria não era vista com bons olhos pelo poder público, que considerava a escravidão uma instituição e um fator econômico a ser preservado [op. cit., p. 257]. Mas, de qualquer modo,
A liberdade não significava melhoria de vida. [...] Livres, no entanto, os negros forros ficavam entregues à própria sorte, marginalizados por completo de qualquer sistema de proteção legal e social. Em muitos casos, a liberdade era um mergulho no oceano de pobreza composto por negros libertos, mulatos e mestiços, à margem de todas as oportunidades, incluindo educação, saúde, moradia e segurança – um problema que, 120 anos depois da abolição oficial da escravidão, o Brasil ainda não conseguiu resolver.
[op. cit., p. 258]
Nesse momento começava a surgir um cenário conturbador na província de Pernambuco. Os comerciantes pernambucanos – descontentes com a administração portuguesa [op. cit., p 287] –, sentiam-se prejudicados pelos autos impostos, além do agravante aumento do preço da mão de obra escrava aliada as ideias abolicionistas. Os comerciantes – apoiados pelos ideais liberais americano e francês – instalaram na província um forte sentimento de resistência, que logo foi sufocado pelas tropas da coroa portuguesa, como aconteceu em vários cantos da República.
Porém, esse cenário de revoluções não se deu apenas em território brasileiro, mas também em território português. No ano de 1820, desencadeou-se uma revolução na cidade do Porto – a chamada Revolução do Porto –, que, por sua vez, fez com que Dom João e a família real, no dia 26 de abril de 1820, retornassem a Portugal. Mas, no entanto, para que Dom João pudesse regressar a Portugal seria necessário que, antes disso, deixasse alguém de sua confiança para administrar o Brasil. Foi quando Dom João decidiu deixá-lo sobre os cuidados de Dom Pedro, seu filho mais velho e herdeiro da cora, então com 22 anos [op. cit., p. 319]. No entanto, para desespero de Dom Pedro, quando Dom João partiu para Portugal, raspou os cofres do Banco do Brasil e levou embora o que ainda restava do tesouro real que havia trazido para a colônia em 1808 [op. cit., p. 321].
Para Dom Pedro ficou a difícil tarefa de unificar o Brasil numa só nação. Independente do “anfitrião” ter abandonado o Brasil, tem-se que admitir que foi graças a Dom João VI, [que] o Brasil se manteve como um país de dimensões continentais, que hoje é o maior herdeiro da língua e da cultura portuguesas [op. cit., p. 331]. Dessa maneira, Dom João deixava contudo o Brasil maior do que o encontrara [op. cit.], o que ocasionou o processo emancipatório brasileiro, ainda no ano de 1822. Mesmo assim, apesar da “independência”, era preciso a qualquer custo impedir que o Brasil se tornasse uma república [op. cit., p. 332]. Para evitar que isso acontecesse, Dom Pedro teve de manter a monarquia centralizada e com poderes fortes, capaz de impedir insurreições populares e movimentos separatistas [op. cit., p. 333]. Por isso, o caminho escolhido em 1822 não era republicano nem genuinamente revolucionário. Era apenas conciliatório. Em vez de enfrentadas e resolvidas, as antigas tensões sociais foram todas adiadas e amortecidas [op. cit., p. 334]. Por diversos motivos, os problemas sociais e de exclusão perduraram nos duzentos anos seguintes [op. cit., p. 335]. Como se pode perceber no discurso do autor acerca desse “atraso social”,
Em nome dos interesses da elite agrária, a escravidão permaneceria como uma chaga na sociedade brasileira até sua abolição, em 1888, com a lei assinada por uma bisneta de Dom João VI, a princesa Isabel. As divergências regionais reapareceriam de tempos em tempos, de forma violenta, como na Confederação do Equador, de 1824, na Guerra dos Farrapos, em 1835, e na Revolução Constitucionalista, em 1932. A participação popular nas decisões do governo se manteria como um conceito figurativo. Em 1881, quando a chamada Lei Saraiva estabeleceu, pela primeira vez, a eleição direta para alguns cargos legislativos, somente 1,5% da população tinha direito ao voto. Eram apenas os grandes comerciantes e proprietários rurais. Entre a enorme massa de excluídos estavam as mulheres, os negros, os mulatos, os pobres, os analfabetos e destituídos em geral.
[op. cit., p. 334-335]
Essa obra envolve, de forma prazerosa, a atenção do leitor. Como deixa claro Antonietta d’Aguiar Nunes ,
Trata-se não de um romance histórico, mas de uma obra histórica escrita de forma leve, fluida, gostosa de ler, e que cativa a atenção do leitor, ao tempo em que, fundamentada em ampla pesquisa realizada, traz à tona importantes fatos históricos pouco conhecidos da grande maioria das pessoas e que valem a pena ser considerados.
A historiografia brasileira se enriquece cada vez mais com a coragem de pessoas que se dedicam a lapidar a história do Brasil, seja por interesse financeiro ou simplesmente por querer mostrar o que realmente aconteceu, embora seja difícil de se fazer. 1808 é uma obra rica em detalhes que, muitas das vezes, não são perceptíveis nos livros didáticos. Pensando nisso, me atrevo a indicar essa obra, ou melhor, não só ela, mas todas as obras que falem da história do Brasil, como uma leitura obrigatória aos acadêmicos – especialmente na área das Ciências Humanas, de modo a enriquecer ainda mais o saber de futuros profissionais que visem trabalhar esse conteúdo – ou paralela ao livro didático – para o caso dos alunos de Ensino Médio, de modo a possibilitar aos mesmos uma base para que eles possam melhor entender os fatos ocorridos na história do Brasil.
Como historiador, tenho como obrigação salientar o cuidado que devemos ter com as fontes, visto que há muitas visões diferentes. Não podemos desmerecê-las, muito menos desconsiderá-las.


NUNES, Antonietta d’Aguiar. Resenha do livro 1808, Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.28, p.311-315, dez. 2007 – ISSN: 1676-2584. Disponível para download em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/28/res01_28.pdf



UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE RONDONÓPOLIS
INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS
CURSO DE GRADUAÇÃO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II – Ano Letivo 2010
DOCENTE: PROFª. DRª. MARIA ELSA MARKUS
Discente: Joabe Tavares de Souza


DOSSIÊ ACADÊMICO
II parte (apreciação das atividades desenvolvidas na disciplina Estágio Supervisionado II/2010)

Neste ano de 2010, a nossa professora de Estágio Supervisionado, Maria Elsa Markus, logo no início do ano letivo, sempre preocupada com a formação do grupo, nos trouxe uma nova perspectiva, o que já estava planejado desde o ano anterior: a realização de uma pesquisa institucional.
Iniciamos com uma entrevista gentilmente cedida pelo Professor Paulo Roberto Santa Júnior, que leciona a disciplina História, na Escola Estadual Dom Wunibaldo Talleur. Na entrevista, pude perceber os dois aspectos que o professor encara ao exercer sua profissão: Um deles, salientou Júnior, é a falta de condições nas escolas para que possa desenvolver o trabalho satisfatoriamente, pois falta, em alguns casos, equipamentos necessários e a remuneração não condiz com o que se merece, tendo, muitas das vezes, que recorrer a outras atividades extras, para garantir a sobrevivência. Outro aspecto fundamental observado pelo grupo foi o amor, a garra e a vontade demonstrada por ele, ao falar sobre o exercício da profissão.
Minhas observações, no decorrer da entrevista, deixa-me feliz e, ao mesmo tempo, preocupado, porque desejo exercer e colocar em prática a minha formação acadêmica. Diante da realidade, as minhas perspectivas se esbarram na incerteza se irei ou não, assumir, um dia, essa posição. Mas vou lutando, sempre querendo dar a minha parcela de contribuição na formação de indivíduos que compõem a sociedade.
Após a entrevista, a Professora Maria Elsa deu continuidade a seu plano de ensino, nos preparando para novos passos na pesquisa institucional. Na verdade, posso dizer que essa pesquisa se iniciou no Estágio Supervisionado I, com um contato de estudo feito na Escola Estadual Elizabeth de Freitas Magalhães, situada no bairro Jardim Atlântico, quando observamos aulas dadas por estudantes estagiárias, da disciplina ES III, supervisionadas também pela Profª. Maria Elsa.
Como já foi citado acima, fizemos a pesquisa institucional na E.E. Dom Wunibaldo Talleur, na qual fizemos observações de aulas de história, acompanhados pela Professora Regente, Edna. Também, entrevistas com as pessoas que compõem a estrutura escolar. As entrevistas foram divididas de forma a permitir que fossem feitas em duplas. Porém, todos nós, pudemos participar de quase todas elas, socializar nossas observações e conclusões, democratizando o resultado da pesquisa entre os membros da nossa turma. Nas entrevistas, o grupo composto por Joabe Tavares de Souza, Nilson Luiz Ferreira, Lidia de Sousa Menezes, Cristiane Borges Passos, Marcela Irian Angélica Machado Marinho, Sirlene Oliveira de Araujo e Uendel Figueredo, pôde fazer suas observações e entrevistas podendo trazer à tona figuras que ficam no anonimato, como as pessoas responsáveis pela limpeza, alimentação, recepção e organização da biblioteca, os quais merecem reconhecimento no desenvolvimento e dinâmica da vida escolar, juntamente com os gestores, professores e os alunos.
A esse respeito, observei que nas entrevistas das quais participei há também satisfações e insatisfações por parte dos entrevistados. Priorizei as satisfações: o amor, a dedicação, o profissionalismo e, acima de tudo, a preocupação de todos no desempenhar de suas respectivas funções. As insatisfações ficarão para outro momento de discussão.
Ainda no desenvolvimento das atividades da disciplina, nos foi proposto pela Professora responsável pelo grupo, Maria Elsa, fazermos contatos de estudo com várias instâncias da educação, tais como escolas públicas, estaduais e municipais, bem como escolas da rede particular. Desta, estivemos no Centro de Educação Profissional Integrado (o CIE). Esteve no cronograma a nossa ida ao Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO). E, por último, no Sindicato dos Professores (o SINTEP). Nesse último não pude participar, mas, gentilmente, foi socializado, pela Professora Maria Elsa, parte do que foi desenvolvido lá.
Dando continuidade aos contatos de estudo, fomos à Escola Municipal Arão Gomes Bezerra. Fomos recebidos pelo Diretor, Elson Lemos dos Santos e pela Coordenadora, Maria de Lourdes – Malu. Ambos, foram fizeram sua graduação em História, no Campus de Rondonópolis. Nesse contato de estudo observei uma preocupação muito grande com a educação em geral, manifestada pelos dois educadores. A escola também possui um atendimento específico para portadores de necessidades especiais, ou seja, PNE, que é meu objeto de pesquisa. Fico feliz em saber que numa escola pequena e simples a preocupação com a inclusão de pessoas deficientes é extremamente grande e digno de ser lembrado. Porém, os problemas existem, mas há enfrentamentos e, certamente, há superação.
Ainda, estivemos no CIE, onde tivemos a oportunidade de ter um contato com a rede privada de ensino. Utopicamente, penso que a organização, em todos os aspectos, seria possível na rede pública, se nossos dirigentes e políticos tivessem, realmente, uma preocupação significativa com a educação brasileira. No entanto, vamos esperando... Quem sabe um dia, isso aconteça de fato!
Não quero tirar de ninguém seu merecido mérito – nesse caso falo da rede privada –, mas fico pensativo, visto que o poder econômico é basicamente a chave de toda a organização e sucesso da mesma. Por outro lado, gasta-se bilhões de verbas públicas e não se oferece uma educação inclusiva tão eficiente como a rede privada, não esquecendo o esforço que a rede pública desenvolve nas suas discussões a respeito dessa utopia. Nesse caso, acredito que se houvesse responsabilidade no processo de organização da educação, teríamos uma outra realidade. Penso que a família, como base fundamental no processo educativo do indivíduo, está se perdendo, ao entregar seus filhos e filhas às facilidades – e porque não dizer, superficialidade – da internet, da televisão, deixando o caminho aberto para que eles trilhem caminhos duvidosos. Não sou moralista, apesar de ter sido criado sob tal circunstância. Também não vejo no “largar de tudo” a possibilidade de uma formação consciente do indivíduo.
Dentro do processo de desenvolvimento da disciplina ES II, a Professora Maria Elsa, pensando no nosso amadurecimento, nos propôs uma troca de experiência com os demais colegas, ou seja, com as demais turmas de estágio ESII, quando tivemos a oportunidade de ouvir sobre suas experiências acadêmicas na disciplina ESI, bem como expor as nossas, durante a realização do Seminário de Troca de Experiências, o que foi um aprendizado muito rico, pois trocamos experiências. Num outro momento, Maria Elsa nos proporcionou outro aprendizado: trocarmos experiência com o grupo de Estágio Supervisionado I que ela acompanha no período noturno. Nilson e eu fizemos, juntamente com o Rodolfo, discente do 2º ano, um diálogo sobre um texto estudado. Na ocasião, esteve presente minha progenitora, Maria Tavares da Conceição, e minha irmã, Eliane Tavares de Souza, que também participou do diálogo com o grupo, expondo sua experiência como professora substituta na educação básica. O ponto chave desse momento foi uma exposição breve minha, quando eu falei do amor que o profissional da educação deve ter com os seus alunos, pois como Paulo Freire disse “não há docência sem discência”. Para mim essa relação amorosa só é possível se houver amororidade de alunos e de professores. A discente Leidimar, também do 2º ano, levou adiante a discussão, reforçando a importância que ela atribui a tal relação.
Finalizando as minhas apreciações, quero dizer que nosso grupo foi feliz e espero continuar sob a supervisão da Professora Maria Elsa Markus, pois ela tem conduzido o grupo de maneira digna, respeitosa e, acima de tudo, compreensiva. Quanto aos meus colegas de grupo, agradeço pelo esforço e compreensão de cada um. Para Maria Elsa, que é uma pessoa comprometida com aquilo que se propõe fazer – e faz perfeitamente –, quero deixar explícito o meu respeito, carinho e admiração. A cada encontro com o grupo saio ainda mais experiente, o que contribui – e muito – para minha futura prática docente!

Joabe Tavares de Souza



HISTÓRICO ESCOLAR Universitario - JOABE TAVARES DE SOUZA

CURSO - HISTÓRIA

LICENCIATURA PLENA

ANO CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA CH CR TU MF FA SF

2008 INGRESSO POR VESTIBULAR

ANO - 2008

60700040 INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTORICOS - 68 0 HI 8,50 0 AP

60710330 CIÊNCIAS SOCIAIS (SOCIOLOGIA, ANTROP. E ECONOMIA) - 136 0 HI 7,00 0 AP

60710340 A FORMAÇÃO HISTÓRICA DAS SOCIED.ANTIGAS - 68 0 HI 7,00 10 AP

60710350 PRÁTICA DE ENSINO: IDENTIF SABERES E FAZERES - 68 0 HI 5,30 0 AP

60710360 INICIAÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA - 68 0 HI 9,00 0 AP

60710370 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA E A POLÍTICA - 136 0 HI 7,60 0 AP

60710380 ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - 68 0 HI 7,00 0 AP

60710390 ATIVIDADES ACADÊMICO-CIENTÍFICO-CULTURAIS I - 68 0 HI 8,50 0 AP

60900210 LÍNGUA PORTUGUESA - 68 0 HI 7,80 4 AP

ANO - 2009

60710400 INC. À PROD.MONOGR.: MÉT. E TEC.PESQ.EM HISTÓRIA - 68 0 HI 8,80 4 AP

60710410 A IDADE MÉDIA OCIDENTAL E OS MODELOS DO ORIENTE - 68 0 HI 7,00 8 AP

60710420 METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA - 136 0 HI 8,80 4 AP

60710480 ESTÁGIO SUPERVISIONADO I - 136 0 HI3 8,55 8 AP

60710490 HISTÓRIA DA ÁFRICA NEGRA - 68 0 HI2 8,50 0 AP

60710500 HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA - 68 0 HI 9,00 4 AP

61200170 DIDÁTICA - 68 0 HI 9,00 0 AP

61210250 PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO - 68 0 HI 10,00 0 AP

AN0 - 2010

60700150 HISTORIA MODERNA - 68 0 HI 7,00 2 AP

60710520 ESTÁGIO SUPERVISIONADO II - 136 0 HI3 8,00 2 AP

60710530 TEORIAS DA HISTÓRIA - 68 0 HI 5,66 16 AP

60710540 LABORATÓRIO DE ENSINO DE HISTÓRIA I - 136 0 HI 8,00 20 AP

60710550 SEMINÁRIOS DE PESQUISA - 68 0 HI 8,00 12 AP

60710560 HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO - 68 0 HI 8,00 12 AP

60710570 HISTÓRIA DE MATO GROSSO - 136 0 HI 7,25 4 AP


Relatorio https://sia.ufmt.br/www-siga/dll/historicoporRga.dll/consultaaluno
1 de 2 21/12/2010 17:55
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Página 2
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Data 21/12/2010
AUTORIZADA POR DECRETO DE NÚMERO 5.647 DE 10/12/1970
END. AV. FERNANDO CORRÊA DA COSTA S/N BAIRRO COXIPÓ CUIABA - MT
PRÓ-REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO

COORDENAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR

HISTÓRICO ESCOLAR

TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO - 2924

TOTAL DE CARGA HORÁRIA CURSADA - 2108

COEFICIENTE DE RENDIMENTO - 8,08

ESTRUTURA DO CURSO - 2006/1
----- SIGLAS

AE - APROV. ESTUDO
AP - APROVADO
APE - APR. PROF. EST.
APM - APROVADO MEDIA
APO - APROV.EM ATIV. PROG.
CH - CARGA HORÁRIA
CR - CRÉDITOS
DSD - DISP. DEFINITIVA
DSP - DISP. PROVISÓRIA
IAM - ISENTO APRES. MONO
MA - MATRICULADO
MF - MÉDIA FINAL
RF - REPROV. POR FALTA
RM - REPROVADO POR MEDIA
RMF - REPROV. MEDIA/FALTA
SE - SERIE/SEMESTRE
SF - SITUAÇÃO FINAL
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Relatorio https://sia.ufmt.br/www-siga/dll/historicoporRga.dll/consulta



Engenheiros Do Hawaii - Crônica

já não passa nenhum carro por aqui
já não passa nenhum filme na tv
você enrola outro cigarro por aí
e não dá bola pro que vai acontecer

mais um pouco e mais um século termina
mais um louco pede troco na esquina
tudo isso já faz parte da rotina
e a rotina já faz parte de você

você que tem idéias tão modernas
é o mesmo homem que vivia nas cavernas

todo mundo já tomou a coca-cola
a coca-cola já tomou conta da china
todo cara luta por uma menina
e a palestina luta pra sobreviver

a cidade, cada vez mais violenta
(tipo chicago nos anos quarenta)
e você, cada vez mais violento
no seu apartamento ninguém fala com você

você que tem idéias tão modernas
é o mesmo homem que vivia nas cavernas

Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br

http://www.youtube.com/watch?v=W4Q1fh3QpCY&feature=fvwrel



Lulu Santos - Tempos Modernos

u vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isto por cima do muro
E de hipocrisia
Que insiste em nos rodear

Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão

Eu quero crer no amor numa boa
Que isto valha pra qualquer pessoa
Que realizar
A força que tem uma paixão

Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não

Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir

E não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir

Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br


http://www.youtube.com/watch?v=tQgvyTomW7Y