segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Noite serena


Noite serena que vem,
Noite quente que vai.
Noite que quero alguém,
Noite que tu daqui sai.

Que a noite me seja sempre serena,
Com a voz e as caricias do meu querer bem.
Que tu nunca saia daqui pequena,
Que a noite nunca tire o calor que só tu tem.

Ela aparece toda sonhosa,
A noite assim ela se revela.
Num jeito toda tinhosa,
Como em noite de novela.

A noite vem com o serenar,
Trazendo os ares do amor.
E com a noite vem o luar,
Deixa num beijo seu sabor.

Mas quando a noite se vai,
Fico com a alma tristonha.
E o Senhor Sol logo cai,
Trazendo a brisa da manhã.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Essas quinas escritas


Essa saudade que machuca,
As vezes nos trazem lembranças esquecidas.
Essa saudade que machuca,
Nos perturbam os pensamentos nas madrugadas.

Essa tristeza que incomoda,
Nos faz perdido aqui neste sofrido coração.
Essa tristeza que incomoda,
Nos faz chorar nesta doida e fria solidão,

Essa raiva que insulta,
Nos faz perder o que ainda resta de razão.
Essa raiva que insulta,
Nos faz viver de maluca e insana ilusão.

Essa dor que atormenta,
Nos induz a dor e a louca inconstância.
Essa dor que atormenta,
Nos encaminha para a cruel ausência.

Essas quinas escritas,
Com versos negros quase sem cor e vida.
Essas quinas escritas,
Preenche o vazio dessa pagina amarelada.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 12 de novembro de 2018

A Lua dama rubra


Quem viu a Lua vermelha ontem, no negro da fria noite.
Não teve noção da raiva dela.
Nunca viveu com profunda intensidade um desencontro.
Não viu o que a cena nos revela.

Imaginem a triste cena agora:

Uma linda dama toda perfumada,
Batom de leve tom a brilhar nos lábios.
Trajada de um vestido de pérolas,
Num salto alto do mais puro cristal.

Segue a cena:

A dama com um penteado prateado,
Adornado com uma magnifica coroa em véu.
Acompanhando essa bela dama até o local marcado,
No crepúsculo do entardecer a carruagem de estrelas.

Só um pouco mais:

A bela amada, já toda ansiosa no local combinado.
Esperando ali o seu majestoso amado o grande astro,
Para que ela possa enfim entrega-se ao seu laço num abraço.
As horas passam, e o entardecer acaba e apenas um aceno.

Finalizando a cena:

De repente, o prateado lunar se enrubesce,
O vermelho se faz vivo e forte no brilho da bela dama.
Parece ser do nada, toma de uma ressentida raiva,
E assim essa triste cena em suas quatros fases se repete.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Cale-se


Cale-se,
Não conteste o meu ago.
Cale-se,
Não questione meu medo.

Cale-se,
Não subestime o que sou.
Cale-se,
Não esconda o que não sou.

Cale-se,
Não apague o meu sorriso.
Cale-se,
Não ignore o meu desejo.

Cale-se,
Não me negue o seu amor.
Cale-se,
Não alimente mais essa dor.

Cale-se,
Só me ame por favor.
Cale-se,
Só esqueça seu rancor.

Cale-se,
Renasça em meu corpo.
Cale-se,
Não perca mais tempo.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.