segunda-feira, 29 de junho de 2020

Cartas guardadas


Já estão amareladas,
Com as folhas marcadas.
Guardam saudades fingidas,
Nas linhas quais foras tingidas.

Guardam histórias escritas,
Com os dançar das canetas.
Quase que deslizas ingratas,
Com as dores quais arrematas.

Estão pelo tempo surradas,
Ali na gaveta já esquecidas.
No peso do passado amassadas,
As cartas que foram dedicadas.

Cartas que guardam serenatas,
Até hoje sem nenhumas notas.
Parecem como algumas atas,
De grandes paixões escritas.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 15 de junho de 2020

Na madrugada


A madrugada se aproxima,
Na porta, ela já me espera.
A rabisco na minha rima,
Essa paixão já me devora.

No calor da nossa cama,
Ela se transmuta em fera.
Na poesia tem enigma,
Ela já sabe e me explora.

Somos nesta página um poema,
Que a madrugada nos inspira.
Somos num só um grande drama,
Versos doces em quimera.

Na cama teu corpo o meu reclama,
Da vontade em verdade se apura.
Na loucura que é somente gama,
A dor da solidão, que logo cura.

Nas madrugadas a gente se ama,
Com todas as nossas frescuras.
Neste fogo que já nos queima,
Dando vida as nossas loucuras.

Assim o amor sempre nos chama,
Nos banhando na nossa ternura.
Espalhando no ar o nosso aroma,
Nessa paixão que nos transfigura.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



sexta-feira, 12 de junho de 2020

Onde está o seu amor


Onde está o seu amor?

Onde está o meu amor?
Não sei, te juro, não sei.

Onde está a sua amada?

Onde está a minha amada?
Sabe, te responder não saberei.

Onde está o seu amor?

Quem sabe onde estar o amor.
Talvez, na linha de um verso.

Onde está a sua amada?

Ora, quem saberá onde estará?
Escondida, num poema qualquer.

Onde estará então o amor?

Aaah, ai eu me arrisco a responder.
O amor está aqui, ali, lá e acolá.

Mas, aonde está o amor?

O amor está no seu olhar,
Pode está também no seu sorrir.

 Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 8 de junho de 2020

Eu não sei

Eu nasci e fui abandonado,
Fui na rua jogado.
Não terei origem e nem passado.

Qual pecado eu cometi?
O de chorar ou o de viver?
São resposta que eu não sei.

Me encontraram numa caixa,
Sem manto sem nada.
Só um manto de formiga envolvia-me.

Crueldade ou pura maldade?
Essa também eu não sei.
Talvez tenha sido desespero.

O meu furo? É incerto e prematuro.
Não tenho pai, não tenho mãe.
Até o momento, só o carinho estranho.

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.


segunda-feira, 1 de junho de 2020

Aquele teu olhar


Aquele teu olhar,
Que derruba a minha insegurança.
Aquele teu olhar,
Que me traz a doce esperança.

Vem meu grande amor me abraçar,
O meu corpo pede o teu calor.
Vem com o feitiço daquele teu olhar,
Que acende o nosso amor.

Se fazendo maduro com aquele teu olhar,
Tentando ser racional com o coração.
Esquecendo-se que nesta arte de amar,
O que prevalece é o poder da sedução.

Que você junto comigo,
Descubra o desejo daquele teu olhar.
Serei um fiel amigo,
Não deixarei que nada possa te machucar.

Onde segura posso sonhar,
Com o encanto que há naquele teu olhar.
Onde de mãos dadas a caminhar,
Pela praia sobe a luz das estrelas e do luar.

Eterna raridade,
Que se ver ao olhar.
Nessa bondade,
Que o faz brilhar.

Fico a andar pela cidade,
Sempre a imaginar,
De onde vem por caridade,
A doçura deste teu olhar.

Com gosto de amizade,
Nesta ternura no olhar.
Sem qualquer vaidade,
No jeito de abraçar.

Nos teus olhos vejo cor,
E um mundo de amar.
A me guiar por onde for,
Aquele teu olhar.

Que teus olhos era a luz do caminho,
Que ilumina meus escuros pensamentos.
Aquele teu olhar que produz carinho,
Nos meus tristonhos e cruéis momentos.

Desses seus olhos tentação,
De ver chegar o fim da ciranda.
Aquele teu olhar chorão,
Gasta gotas na triste despedida.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.