segunda-feira, 27 de abril de 2020

Falando com o coração


O que foi meu coração,
Que já grita por socorro?
É essa medonha solidão,
Me acuda, ou eu morro.

Mas o que fazer coração,
Fosse feito para isso suportar.
Pois, este mal da ilusão,
Não sei se consigo aguentar.

Então se acalme coração,
Não entre em desespero.
É medo de cair ao chão,
A isso, não me recupero.

Não se perturbe coração,
Sei que dói e está ferido.
Não é essa a sua função,
Sei, foi pego desprovido.

Não pare meu coração,
Preciso que continue a bater.
Traga-me uma canção,
Assim eu não vou mais sofrer.

Falando com o coração,
O que estamos sentindo.
Usando nossa intuição,
E logo nos entendendo.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



sexta-feira, 24 de abril de 2020

A casa grande caiu


Depois de acordos,
E alguns desacordos.
As injustiças feitas,
Foram agora refeitas.

Depois do saco puxado,
Trocado pelo cargo.
O cargo já foi entregado,
E o lugar ficou vargo.

Depois de um pé de ouvido,
Com a grão chefia.
Logo fica bem mais avivado,
A imponente grafia.

Depois de grandes jogadas,
A casa grande já caiu.
De tantas merdas faladas,
A grande verdade agiu.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 20 de abril de 2020

Sou sim


Sou palavras,
Sou versos.
Sou estrelas,
Sou universos.

Sou liquido,
Sou rito.
Sou solido,
Sou mito.

Sou céu,
Sou luar.
Sou sol,
Sou mar.

Sou tudo,
Sou parte.
Sou fundo,
Sou arte.

Sou termo,
Sou rima.
Sou ermo,
Sou ima.

Sou sim,
Sou não.
Sou fim,
Sou tão.

Sou eu,
Sou tu.
Sou teu,
Sou nu.

Sou nato,
Sou épico.
Sou ato,
Sou pico.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Divago


Divago no pensar,
A busca de um momento.
Deixo tudo passar,
A fim de vive-lo, lento.

Não atento ao pesar,
Para fugir do esquecimento.
Não quero eu usar,
Este maldito entristecimento.

Para não perder a lisura,
Deixo ser livre no vento.
Ainda que seja loucura,
Deste jeito não me isento.

Deixarei o tempo andar,
Na linha reta do firmamento.
Quero apenas fundar,
Na linha deste poema, acalento.

No quadro da vida pintar,
A figura que já alimento.
Em sentido a nos untar,
Em verso de acolhimento.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.




domingo, 5 de abril de 2020

Decapitado


Me pegaram de surpresa,
E fizeram grande maldade.
Me julgaram sem defesa,
Omitindo minha realidade.

Neste mundo de esperteza,
Fui apenas uma beldade.
Na sutileza da vã clareza,
Negando minha liberdade.

Para dá uma inútil resposta,
A essa hipócrita sociedade.
Dessa gente já indisposta,
Não ouvindo a verdade.

Então logo fui ignorado,
Mostrando-me como mal.
Sem piedade decapitando,
Me descrevendo como tal.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.