segunda-feira, 25 de maio de 2020

Desmiolada


Descabelada,
Descontrolada.
Quero você assim,
Todinha pra mim.

Desajeitada,
Desarrumada.
Te quero assim,
Toda só pra mim.

Desengonçada,
Destrambelhada.
Quero você assim,
Todinha pra mim.

Desastrada,
Desatentada.
Te quero assim,
Toda só pra mim.

Desavisada,
Desmiolada.
Eu te amo sim,
Todinha assim.

Desejada,
Desatinada,
Toda assim,
Eu amo assim.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 18 de maio de 2020

Fantasia Rasgada


Vivemos ultimamente aqui no Brasil,
Um carnaval politico com bela festa comprada.
Na mistura de amarelo e verde anil,
Onde se ver o nu do golpe na fantasia rasgada.

Até que se rasgue a fantasia,
De cachorros grandes que não ficaram na carrocinha.
Os viras latas se angústia.
Nas sobras pelas ruas da miséria onde se faz colchinha.

Não vai sobrar nem saudade,
Dos tempos difíceis que vivendo.
Rasgas as mascaras da maldade,
E segue o povo sempre lutando.

Com garras vamos mudar nossa nação,
Mesmo com a decepção da fantasia rasgada.
Com paz esperança e amor no coração,
Faremos deste martírio mais uma pagina virada.

Fantasia rasgada e ausente?
Não, as caras dos canalhas estão nuas.
E agora com intervenções,
Aaah brasil renegado de bundas prostitutas.

De barriga vazia com dores,
É exatamente o que eles querem.
Ai as caças vão aos caçadores,
Planos perfeitos, então não errem.

Não nos deixando de barriga vazia,
E nem nos faça mais sacanagem.
Por favor, chega dessa sua folia,
Rasguem as fantasias, e agem.

E lancem á pátria toda sua garra,
Mostre o seu sangue verde e amarelo.
Chega de vermos sentados a farra,
Dos que usam mascaras em seu duelo.

Por tudo o que lhe foi omitido...
Com sangue derramado,
Fico lá no colo do passado.
No fim, a fantasia vai sumindo.

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.



segunda-feira, 11 de maio de 2020

As rimas que costurei


Tudo que eu sei,
No pensar guardei.
Os amores que amei,
No peito gravei.

As marcas que deixei,
Pelos lugares onde andei.
Foram momentos que passei,
Pedacinho meu ali finquei.

As alegrias que vivenciei,
Foram as mesmas que cativei.
Os versos que eu costurei.
Nas linhas que eu te dediquei.

As rimas que aqui rimei,
Foram os desejos que sufoquei.
Com os sentir que combinei,
Nas palavras que eu já busquei.

De tudo que aqui esquadrinhei,
Nenhuma virgula eu não faltei.
Mas as coisas que eu desenhei,
Pelas as estradas os nós desatei.

Nos recados que te mandei,
Foram gritos de amor que gritei.
Dizendo que todo eu te dei,
Nas lágrimas que a ti aqui soltei.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 4 de maio de 2020

Mil vezes


Mil vezes eu mesmo,
Do que sofrer.
Mil vezes eu mesmo,
Do que perder.

Mil vezes eu mesmo,
No meu viver.
Mil vezes eu mesmo,
No meu querer.

Mil vezes eu mesmo,
Do que não te ter.
Mil vezes eu mesmo,
Do que não te ver.

Mil vezes eu mesmo,
Antes de morrer.
Mil vezes eu mesmo,
Antes de descer.

Mil vezes eu mesmo,
A te esquecer.
Mil vezes eu mesmo,
A te distorcer.

Mil vezes eu mesmo,
Antes de adormecer.
Mil vezes eu mesmo,
Antes de desaparecer.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.