segunda-feira, 29 de abril de 2019

As flores 2


Não mereço dores,
Não quero rumores.
Não desejo rancores,
Somente as flores.

Amo assim nessa vida,
Amo meus amores.
Amar sem despedida,
Vivo meus amores.

Naquele jardim as flores,
No meu coração os amores.
Naquele olhar as cores,
Nos meus lábios seus sabores.

Amo assim nessa vida,
Amo meus amores.
Amar sem despedida,
Vivo meus amores.

Perfume pelos ares,
Corpos em seus lugares.
Sonhos a se entregares,
Botão a se desabrochares.

Amo assim nessa vida,
Amo meus amores.
Amar sem despedida,
Vivo meus amores.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 22 de abril de 2019

Eu, a Lua e o Sol.


Eu, em estado vil de carência,
Em brilho, lágrimas estrelar.
Assumo a postura em latência,
De a Lua e o Sol observar.

A Lua em suas quatros lunar fases,
Ao morre do dia no entardecer.
Chorosamente ela vem em transe,
E eu a ver o que vai acontecer.

A mesma lamentosamente,
Reclama sua tristeza as estrelas.
De um abandono inocente,
Do seu amado sem abraça-la.

Compadeço-me de sua dor,
Pois também sofro tal agonia.
Ao viver a ausência de amor,
Que torna escuro sem magia.

Assim a Lua perambula,
Tentando somente entender.
O porquê dessa fabula,
Que se inicia ao anoitecer.

As horas lerdas sem pressa anda,
Dando as estrelas seu espaço.
O véu lunar em brilho em queda,
No universo tímido e vasto.

Deste modo a lua vira a madrugada,
Em triste tormento.
Com a duvida se foi ou não deixada,
Pelo seu amado.

Observo o Sol chegando alegre,
Vejo na sua alegria um aspecto de tristeza.
A Lua vai mansa como um tigre,
Mas toda imponente digna de uma realeza.

Eu aqui me calo neste verso,
Tentando somente entender.
Pois amanhã a lua em regresso,
E tudo volta assim a acontecer.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 15 de abril de 2019

Hoje eu assim acordei


Hoje eu lembrei:
Daquele amor que eu amei,
Daquela flor que eu admirei.
Daquele arder que eu queimei,
Daquela dor que eu chorei.
Hoje eu viajei.

Hoje eu imaginei:
Aquele momento que eu não vivi,
Aquela palavra que eu não falei.
Aquele gesto que eu de ti não vi,
Aquela cerca que eu ainda não pulei.
Hoje eu registrei.

Hoje eu precisei:
Daquele olhar que eu busquei,
Daquela poesia que eu declamei.
Daquele corpo que eu toquei,
Daquela mulher que eu amei.
Hoje eu gritei.

Hoje eu vasculhei:
Aquele sonho que eu não realizei,
Aquela carta que eu não entreguei.
Aquele lugar que eu não idealizei,
Aquela frase que eu não apaguei.
Hoje eu assim acordei.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.


segunda-feira, 8 de abril de 2019

Aonde eu moro?


Moro ali, aonde eu durmo.
Ali, onde impera o escuro,
Que me fazem do ‘’mundo’’ excluído.
É, ali no canto daquele muro.

Moro aonde todos me veem,
Mas me torno um invisível.
Moro no relento ao tempo,
Mas não deixo de viver.

Moro ali naquele canto,
Coberto pela negra noite.
Moro lá com lamento,
Com estrelas como limite.

Moro ali, onde é meu abrigo.
Sem o digno e sonhado teto,
Meus companheiros e amigos.
Nutrindo-nos de singelo afeto.

Moro ali, por favor da vida,
Por ser desabrigado.
Moro lá por não ter saída,
Pois sou obrigado.

Moro ali, onde o vento me acaricia.
Onde convivo face a face com o medo.
Moro onde a solidão me balbucia,
A triste realidade sem nenhum segredo.

Moro ali, no canto daquele muro.
Com o pouco que me resta.
Moro com as esperanças sem rumo,
Buscando um sonho na fresta.

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.



segunda-feira, 1 de abril de 2019

Essa é a minha


Se vive por trás de várias,
Como se fosse roupa nova.
Hoje é uma e amanhã é outra,
Parece serem compradas em lojas.

Alguns por capricho as lavam,
E ficam limpinhas, branquinhas e lisinhas.
Já outros, as escondem engavetam,
Para usos eventuais ou como convinhas.

Respeito quem delas precisem,
Mas eu não preciso usa-las.
Pois gosto com ninguém discutem,
Vivemos numa nova era.

Eu só tenho só uma,
Não preciso de outra.
Cara só se tem uma.
Essa é a minha.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.