domingo, 25 de outubro de 2020

A fumaça da ganancia

 A fumaça inesperada que nos acordam do nada,

Furta o ar pela madrugada dos nossos pulmões.

Por conta do ego desmata e mata nas queimadas,

Na conta ficam a títulos guardados os milhões.


A massa que nos hospitais sem ar morrem,

Com a vida pagam, os brindar da corrupção.

Na festa chega dessa imunda politicagem,

Tudo não passa somente de mera perseguição.


E as matas morrem,

E os ricos ganham.

E os bichos morrem,

E os ricos ganham.


A fauna sem ter para onde ir agoniza,

Vai lentamente sendo consumida pelas labaredas.

Restando tão somente no solo as cinzas,

E os latifundiários se escondem nas suas torradas.


A flora se evapora enfumaçando a nossa cidade,

Sendo destruída as cores e os perfumes das matas.

Escondendo os barões o seu orgulho em maldade,

Não se importando com as vidas, mas com as metas.


E os bichos morrem,

E a besta homem rir.

E os arvoredos morrem,

E a besta homem rir.


A terra geme cuspindo o fogo que a queima,

Destruindo do seu seio a vida que logo brotaria.

Mas a ganancia fora tamanha que a esgrima,

Deixando o que antes era belo, triste sem alegria.


A chuva é cessada com a não produção da fotossíntese,

Com a evaporação da umidade formando nuvem carregada.

Mas com o fogo destruindo o nosso cintilante verde,

Só nos resta sofrer as consequências da vida aí devastada.


E os rios logo secam,

E os covardes forjem.

E os peixes acabam,

E os covardes fingem.


As etnias indígenas que dependem da flora e fauna,

Sofrem com essa devastação provocada pelos egoístas.

Pois é destes dois componentes do nosso rico bioma,

Que os indígenas sobrevivem e mantem suas culturas.


A ganancia humana é o pior de todos os venenos,

Pois ela mata tanto imediatamente como lentamente.

Tudo pela ilusória fortuna, desfaz os feitos de anos,

Mas, um dia os que provocam este mal de si lamente


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A chuva vai caindo

 A chuva vai caindo,

O coração chorando.

O Sono vai surgindo,

Os olhos se fechando.


Vai a chuva caindo,

O pensar adormecendo.

O corpo se diluindo,

Na madrugada cedendo.


A chuva vai tinindo,

As horas vão passando.

O calor vai sumindo,

O clima se refrescando.


Vai a chuva se indo,

O dia logo chegando.

O sol já vem vindo,

A lua se aconchegando.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Corderlando

 O amigo que abriu a porta,

És das letras um vil relicário.

Sei que muito se importa,

Com as regras do dicionário.

Porém, é por linha torta,

Em pequeno sutil falatório.

Que a vida se desentorta,

Com todo nosso comentário.

 

Mas eu em rimas ou não,

A minha sorte vou gritando.

Segurando aqui na mão,

Dos que logo vem chegando.

Aqui não cobro erudição,

Para que ficar aí, chocando.

É melhor o ajudar irmão,

A sair por aí, se cutucando.

 

Mas a preocupação eu entendo,

Sei que precisamos evoluir.

Porém, não nascemos sabendo,

Deixe o sentir aqui fluir.

Vamos a história escrevendo,

Sem nos permitir diluir.

Vamos em versos crescendo,

Produzindo já o influir.

 

Deixe que cada um exista,

Nas virgulas ou nas rimas.

Deixe que a palavra persista,

Nas retinas ás suas formas.

Deixe que o poeta resista,

Assim na arte eles se firmas.

Deixe que vivo se recita,

No amor a vida nas estimas.

 

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



domingo, 4 de outubro de 2020

A falta

 O que é fazer falta?


Fazer falta.

É ter a certeza que para alguém,

Você importa.

A todos e qualquer instante que tem.


O que é sentir falta? 

Sentir falta.

É destinar a todo tempo que se tem,

Que te resta.

Com pensamento de querer se bem.

 

O que é viver a falta?

 

Viver a falta,

É ficar inquieto querendo estar perto.

Ah essa falta,

É loucura é verdade no peito o aperto.

 

O que é chorar com falta?

 

Chorar com falta,

É deixar se derramar a ausência.

Na saudade nata,

Molhando de lágrimas a carência.


Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.