Não absorva dos olhares,
O imediato, o superficial.
Veja em todos os olhares,
O profundo, o coessencial.
Explore nos olhares,
O oculto, o permitido.
Não julga nos olhares,
O pronto, o perdido.
Não busque nos olhares,
O inteiro, o substancial.
Veja e sinta nos olhares,
O anileiro, o primordial.
Espero dos olhares,
O mínimo, o buído.
Queira dos olhares,
O ermo, o ávido.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.