Aah oi amor

 Aah oi amor como eu quero estar do seu lado,

E num prazeroso abraço sentir você,

Aah quero te achegar em todos meus sonhos,

Te amar, te amar, te amar e te amar.

Aah como eu quero sentir o seu amor,

Num beijo de tesão rouba-me o ar.

Aah quero perder em você o meu olhar,

Te admirar te admirar e te admirar.

Aah como eu preciso do seu sorriso,

Como este sol que aquece os meus dias.

Aah como eu assim me sentirei feliz,

Ao tê-la aqui nesta minha vida solitária.

Aah como eu quero tão somente arrancar de ti,

Essa dor que nas noites te arrebatam as lágrimas.

Aah nada mais me faria tão verdadeiro e sua vida,

Se aceitasse sem imposição o meu sincero amor.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

A fé

 O que é a fé?

É só o crer?

Crer no que?

No que não ver?

O que pode ser a fé?

É somente acreditar?

Mas acreditar no que?

No que não se sente?

Mas o que define a fé?

O sobrenatural?

Qual será o conceito?

O metafisico?

Como sei o que é a fé?

É na falta de expectativa?

É na ausência da perspectiva?

Mas como que sei o que é fé?

É a fé passiva de ser palpável?

Ou a fé é uma mera invenção?

Pode a fé ser desconstruída?

É a fé o tal do improvável?

É a fé uma singela inovação?

Ou a fé seria uma subversão?

A fé pode ser uma negação?

Ou a fé pode ser uma prisão?

A fé é uma profunda fuga?

Pode a fé ser um paradoxo?

É a fé um ato que promulga?

Pode a fé ser algo complexo?

A fé é uma incógnita?

Ou a fé é uma vírgula?

É então a fé uma pauta?

Ou fé é uma breve sumula?

Será que é a fé um tempo?

Ou será a fé um sonho?

Será que a fé é um tipo?

Ou a fé será um moinho?

A fé é na vida um momento?

Ou pode ser a fé uma vontade?

A fé seria um pouco de lamento?

Ou a fé seria só meia verdade?

Autor: Joabe Tavares de Souza - Joabe o Poeta.

A ti

 Quero para ti,

Só o seu bem.

Quero para ti,

Tudo de bem.

Dou para ti,

O que tenho.

Dou para ti,

Meu carinho.

Faço para ti,

O que me pedir.

Faço para ti,

O que lhe servir.

Desejo a ti,

Todo o amor.

Desejo a ti,

Tudo em flor.

Falo para ti,

Que a quero.

Falo para ti,

Que a espero.

Serei para ti,

O meu melhor.

Serei para ti,

O seu protetor.

Digo para ti,

Ser só minha.

Digo para ti,

És lindinha.

Tudo para ti,

Será pouco.

Tudo para ti,

Será louco.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Enquanto

 Enquanto as estrelas roubam os brilhos das minhas silenciosas lágrimas,

O sono prazerosamente já me convida para adentrar o mundo do sonho.

Enquanto a noite me chama para uns prolongados abraços nas gramas,

O real sem piedade nenhuma tenta me arrancar das nostalgias que tenho.

Enquanto o coração insistentemente logo se rebela aqui no peito,

A raiva intrigante se revolta produzindo as emoções anormais.

Enquanto as tramas aparecem no palco oculto do esquecimento,

A euforia das circunstancias se vivificam o sentir mais e mais.

Enquanto o desejo se torna numa arma intrigante e poderosa,

O querer se farta aqui no grande banquete selvagem do tocar,

Enquanto o corpo só implora por uma dose de caricia gostosa,

O amar sabe acordar a loucura para alimenta-se já no focar.

Enquanto oportunamente as vontades friamente se revelam em atos,

As variações de possibilidades vagarosamente se elevam nas horas.

Enquanto absurdamente as verdades onipotentes se reviram nos fatos,

As oportunidades insistentes viabilizam os momentos que se afloras.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Paixão louca

 Dormir sem antes pensar em ti?

É um tremendo martírio.

É viver sem saber o que é sorri,

É me ver num seco rio.

Acordar sem antes te imaginar?

É não saber para onde ir.

É perder o chão antes de nele pisar,

É perder o equilíbrio e cair.

Pensar e não te sentir?

É me entregar ao silencio.

É ver tudo ao nada sucumbir,

É uma história sem prefacio.

Levantar e não ter você?

É me ver numa forca.

É não ser eu sem você,

É uma paixão louca.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

A pena

 A pena com a qual te escrevo,

Que deste peito sente pena.

Pena deste teu eu fiel escravo,

Que a ti declama em pena.

A pena que o tempo nos traz,

Nas raivas que sinto com pena.

Pena de, não conseguir ser sagaz,

Na trágica loucura de sentir pena.

A pena que dar pena,

Na pena de descrever.

A dor que causa pena.

Nesta pena de perder.

A pena que sufoca o meu peito,

De um amor que não teve pena.

Agora de tanto penar eu rejeito,

Para não me ferir com sua pena.

A pena com o seu trejeito,

Desliza na linha da pena.

A pena caminha sem jeito,

Evidencia a palavra pena.

A pena que molho no tinteiro,

Escrevo com a mesma pena.

A pena que o faz por inteiro,

Este meu poema sem pena.

A pena não vai esconder,

Na dor que vai ter de tu pena.

A palavra que pena vai ter,

Na hora que vai correr a pena.

A pena que eu não quero sentir,

Daquilo que só provoca pena.

A pena que acabo de descobrir,

De nada não se quer ter pena.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Grita meus versos e falar de amor

 Hoje quero falar de amor,

Falar de forma diferente.

Olhar nos seus olhos,

E vê-la assim atraente.

Hoje eu vou gritar meus versos,

Com toda reverencia.

Vou te falar de amor,

Com toda enlouquecia de ser.

Hoje grita minha alma,

Exponha o que sente.

Fala coração na gama,

No desejo assistente.

Hoje deixo tudo em versos.

Com toda regência.

Vou te chamar amor,

Com toda urgência de viver.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Aqui

 Aqui sou herói ou vilão.

Aqui sou cabeça ou coração.

Aqui sou pássaro ou balão.

Aqui sou reação ou ação.

Aqui eu dormi ou acordei.

Aqui eu vi ou apaguei.

Aqui eu temi ou mandei.

Aqui eu feri ou magoei.

Aqui sou mais ou menos.

Aqui sou grande ou pequeno.

Aqui sou sicranos ou fulanos.

Aqui sou precipitação ou plano.

Aqui eu matei ou amei.

Aqui eu parti ou fiquei.

Aqui eu ditei ou tomei.

Aqui eu soltei ou isquei.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Os meus versos

 Os meus versos,

Eu logo público.

Pois eles revisos,

Eu nunca brinco.

No raso,

Eu não fico.

No riso,

Eu rabisco.

Nas rimas,

Me arrisco.

Sem estimas,

Eu não fico.

As linhas,

Eu já avisos.

Nas rinhas,

As reavisos.

E neste universo,

Eu já me finco.

Em conto diverso,

As letras risco. 

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Chuva que cai calminha

 E a chuva vai caindo calminha,

Vai molhando o solo sedento.

Vai levando lembrança minha,

Àquela que está se afastando.

Ela vai caindo delicadamente,

Neste solo áspero e faminto.

Vai já acendendo a saudade,

Naquela que faz amor instinto.

A chuva vai logo se dissolvendo,

No solo que a semente germina.

Vai o pensamento incomodando,

Desta que é a minha menina.

A chuva vai assim refrigerando,

Este solo que só nos alimenta.

A chuva vai somente banhando,

Aquela que sabe e me excita.

A chuva vai refrigerando a alma,

Vitalizando o desejo de dois corpos.

Atraindo a vontade de quem ama,

Como o rubro vinho em dois copos.

A chuva vai caindo e desliza,

Sobre o áspero e seco pavimento.

Umedecendo toda sua pureza,

Que transborda no relacionamento.

A chuva vai criando seu caminho,

Com a força da avalante enxurrada.

Lavando o meu feminino cantinho,

Para recebe-la em noite enluarada.

A chuva caindo lerda vitalizando,

O belo verde escondido no solo.

Mostrando a ela que vou seguindo.

Mesmo sem o calor do teu colo.

A chuva segue só desabando,

Cumprindo logo seu objetivo.

Vai com sua força mostrando,

A aquela que ainda sobrevivo.

A chuva vai cessando,

Logo bem lentamente.

Ela vai assim levando,

Saudade calmamente.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

O seu sabor

 O seu sabor.

Tem a mistura perfeita,

De loucura e magia.

Que me entorpece.

O seu sabor.

Revela uma ternura gostosa,

Uma esnobe fantasia.

Que me leva a estase.

O seu sabor.

Esconde um doce encanto,

Que faz de tudo poesia.

E me enlouquece.

O seu sabor.

Desperta em mim o desejo,

Que logo me alucina.

E faz de mim um amante.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Com o tempo ninguém pode

 Com ele ninguém pode,

Ele tem um poder infinito.

Ele é quase como a uma divindade;

Ele é eterno e linear impiedoso.

Com ele não tem nenhuma piedade,

Não há possibilidade de diálogo.

Ele é tiro certo no alvo,

Ele sabe a hora de cobrar.

Com ele tudo é ao pé da letra,

Não aceita nenhum argumento.

Ele é papo certo na linha reta,

É o dito no dito não faz rodeio.

Com ele não trava batalha,

Pois a guerra já é perdida.

Ele é pontual e implacável,

Não há nada a se questionar.

Com ele não há suborno,

Muito menos há negócio.

Ele é extremamente frio,

Ele é pontualmente duro.

Com ele nada sai do curso,

Nem considera um desvio.

Ele é um observador nato,

Ele toma ciência do fato.

Com ele nunca se advoga,

Muito menos se interroga.

Ele é o juiz e não outorga,

Ele só agi e nunca morga.

Com ele as rugas já são certas,

Assim como também as curas.

Ele é os desatos dos fortes nós,

Ele é as curvas e restas da vida.

Com ele não tem meio termo,

Já tem tudo sob devido controle.

Ele é o grande senhor de tudo,

Ele é a grande e certeira bússola.

Com ele a conversa é uma só,

Não tem nada daquela parada.

Ele é ágil e firme no seu correr,

Ele não permite olhar para trás.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

Os meus anos de vida

 Foram todos bem vividos até aqui.

Vieram pedra es houveram quedas,

Mas superei a cada pesadas virgulas.

Tiveram também as duras dúvidas.

Ora foram de lagrimas ocultas,

Ora foram de alegrias curtas.

Ora foram de duras despedidas,

Ora foram de invisíveis saídas.

Mas, até aqui sobrevivi.

Com tempestades violentas,

Com tenebrosas tormentas.

De quase tudo até eu vi.

Onde não me coube, coube.

Onde não me viam, já viram.

Onde jamais soube, soube.

Onde não queriam, quiseram.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.