segunda-feira, 13 de julho de 2020

Enganos e desenganos


Nestes enganos e desenganos,
Onde o meu ser se faz profano.
De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,
Onde me vejo assim tão pequeno.
De profano em profano.

Nestes enganos e desenganos,
Onde não passo de um fulano.
De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,
Onde não passo de um bichano.
De fulano em fulano.

Nestes enganos e desenganos,
Onde levo uma vida de cigano.
De enganos em desenganos.

Nestes desenganos e enganos,
Onde jamais serei um tirano.
De cigano em cigano.

Nestes enganos e desenganos,
Onde não passa de um alucino.
De desenganos em enganos.

Neste desenganos e enganos,
Onde só se ver grande afano.
De tirano em tirano.

Nestes enganos e desenganos,
Onde me verem como um lusitano.
De enganos em desenganos.

Nestes desenganos e enganos,
Onde pode-se ser um insano.
De alucino em alucino.

Nestes enganos e desenganos,
Onde só pode ser um ufano.
De desenganos em enganos.

Nestes desenganos e enganos,
Onde se parece ser um troiano.
De insano em insano.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.



Nenhum comentário:

Postar um comentário