sexta-feira, 29 de novembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
Chuva caindo
Tarde serena
Quarto gelado
Coração inquieto
Pensamento longe
Sonho calado
Alma aflita
Voz arranhada
Gestos tímidos
Cama vazia
Corpo inerciado
Tempo fechado
Domingo findando
As portas trancadas
Ao longe música tocando
Mundo lá fora girando
Aqui dentro as fontes jorrando
A dor se derramando
Ao som da chuva caindo.
Autor: Joabe Tavares de
Souza - Joabe o Poeta.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
É por quilo? Quanto vale?
Desde
os primórdios de nossa história,
Somos mercadorias a pronta entrega
Temos as nossas próprias tabelas
Direitos? Só as mazelas
Quando não, as migalhas
E quando tentamos uma reaça
Pronto! Inicia-se a caçada
Assim vai virando aquela arruaça.
A cor da pele é ameaça
Quando não, é explorada
Gritam-se nas nossas praças
Alugo umas manadas
Por apenas trintas pratas
E seguem-se as negociatas
Eu pago vinte na lata
Feito, pode levar pra casa
Casa?! Não, vão pra senzala
Não quero cães na minha sala
Então vamos fazer a papelada
Pra que? Sou homem de palavra
Eu sei, mas é só por segurança
O acordo assim ganha pagina
Com algumas poucas clausulas
E a pena na tinta é molhada
E de comum acordo os nomes se deixa
No final da ultima inocente pagina
Que perante as leis são reconhecidas
Que por pura contraditória ironia
A vida na cor da pele é desconhecida
Poucos se importam com a dor e a agonia
Daqueles que
nas suas origens foram disputas
Entregando a morte
forçado em terras estranhas
Por
apenas um misério prato de comida e água
Limpa?
Não, na cabaça é mesmo salobra
Produzindo
riqueza para a corte e seu monarca
Que viveram
por um bom tempo na maior mamata
Se vestindo em
ouro e comendo em prata
E sobre seus
imundos lombos carregaram a copa
Do sangue
inocente de nossa escura e guerreira raça
Depois das
pressões o começo de uma nova era
Isabel a
‘’bondosa’’ princesa logo assina a lei áurea
E em praças
publicas se proclamam a esperada alforria
Que os quilombolas
tantos sonhavam e assim queria
E os senhores e coronéis se viam as traças da
falência
Mas logo logo os estrangeiro para cá se
migraria
Os italianos e
em suas tendas as ciganadas
Hoje vivemos
em novas reais esperanças
Mas ainda
preconceito nos atormenta
Qual seria o remédio?
A tão sonhada consciência.
Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.
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