terça-feira, 22 de julho de 2014

A criança que eu não fui



Aaah a criança que eu não fui,
O meu herói nunca puderam me ajudar:
Super-homem e Batman.
O taco de bete subia e descia na minha frente.
A bola quadriculada de branco e preto me encobria.
E eu gritando: GOOL!
O esconde esconde que nunca me escondeu,
Nunca achei o anel que era passado entre as mãos
Escapou pelos dedos.

A criança que eu nunca pude ser como queria,
Bruuuuuuuu!! Carretinha jeep e patrola.
O pega-pega sempre me pegou.
Num relance o queima queimar.
Num outro o roleman.
De repente um grito: Caiu, caiu no posso!
A criança que eu nunca fui.

A criança que eu queria ser,
O clube dos escoteiros na arvore.
O cientista meio birutinha da família,
O namoradinho vergonhoso do bairro.
O guardião de muitos segredos da turma,
O amigo mais louco e fiel do grupo.
O detetive do bairro com suas teorias loucas,
Aaah essa é a criança que nunca me deixaram ser.

Autor: Joabe Tavares de Souza – Joabe o Poeta.

 

Um comentário:

  1. Tantas circunstâncias diferentes podam sonhos de infância.. por isso muitas vezes adultos passam a vida perseguindo uma outra vida, que não puderam ter.
    E outros, conseguem criar sua vida feliz, apesar das limitações
    Abraços, poeta!
    Sensíveis e tocantes seus versos.
    Mari

    ResponderExcluir