quarta-feira, 12 de maio de 2010

Joabe o poeta

“A MORTE DO POBRE”



Quando um pobre morre vai para o céu,
o grande lar lhe é prometido.

Ele bate na porta para entrar e são Pedro diz,
não entre porque é proibido.

Você teria que pagar sua dívida na terra,
antes de Ter morrido.

Mas são Pedro, o padre me prometeu o céu.

O padre disse, eu não tenho nada com isso,
o padre não é o dono do céu.

Além do mais promessa não é compromisso.

A pobre alma penosa sai pelas trevas a vagar,
viajando todo o espaço sem saber onde parar.

Essa pobre alma espera a vela que a sogra prometeu,
sem saber que aqui na terra, da promessa a velha esqueceu.

E vagando a alma continua seja no verão ou inverno,
enquanto na verdade, lugar de pobre é no inferno.

Mas ném sempre o pobre é aceito pelo capêta chifre de bode,
pois na verdade eu lhes digo, ném o diabo gosta de pobre.

Meus amigos, sou pobre também, meus versos aqui chegam ao fim.

E pela minha experiência de pobre, sei que a gente vive e morre assim.

Mas se são Pedro não me aceitar do seu lado, pobre coitado de mim.


Autor: Joabe Tavares de Souza. Data: 07/05/1991 ás 18:39/hms.

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